O clima de decisão nos bastidores do Grêmio não se dá apenas entre os jogadores e comissão técnica. Após a Recopa Gaúcha, a final do Gauchão é a primeira disputa pela taça do Estadual da gestão Alberto Guerra e seu departamento de futebol.
Ao lado do vice Paulo Caleffi e do diretor Antonio Brum, o trio de dirigentes responsável por montar o grupo e guiar os rumos do clube também vive rotina diferente em Caxias do Sul.
A tensão experimentada em Erechim após a derrota para o Ypiranga tirou muito da ansiedade pela final do ambiente do Grêmio. Sem contar a emoção da virada na Arena, e a classificação nos pênaltis com um time cheio de desfalques.
Por isso, a justificativa para a tranquilidade deste sábado (1) vem da sensação de que o trabalho realizado se afirmou no momento de maior dificuldade enfrentado até agora.
Ao lado do filho Alberto nas viagens do Grêmio, Elias Guerra resumiu assim como enxerga as reações do presidente gremista horas antes do início das finais do Gauchão.
— É o homem mais calmo do mundo — brincou.
O sentimento que resume o ambiente do Grêmio pelo lado dos dirigentes é o de dever cumprido, com a expectativa de mais mudanças e contratações pela frente. Apesar de receber o clube para administrar sem recursos para contratar, e com muitas dificuldades financeiras, o time entregue para a gestão de Renato produz o esperado. E a chegada de Luis Suárez, além do retorno técnico, restabeleceu a autoestima do torcedor junto ao clube.
Enquanto os homens do futebol garantem não ter suas superstições pré-jogo, Renato é quem mantém uma tradição nas concentrações do Grêmio. O técnico almoça sempre a mesma refeição após a reunião com a comissão técnica. Enquanto desenha sozinho em seu quarto os cenários da partida deste sábado contra o Caxias, estará saboreando uma sopa com pão. E um café com leite para completar o almoço.