Grêmio e Kannemann seguem distantes de um acerto. O último contato entre as partes partiu do jogador, que recusou a oferta enviada pelo clube e apresentou uma contraproposta para renovar. O argentino de 31 anos pediu praticamente o dobro do que foi oferecido pelo clube, em valores e tempo de contrato. A expectativa é de que a negociação tenha mais uma rodada, com a definição ou não pela continuidade da relação.
Na contraproposta feita pelo jogador, Kannemann pediu cerca de R$ 800 mil de salário fixo e o pagamento de bonificação pelo percentual de partidas disputadas. O camisa 4 também deseja quatro anos de vínculo, enquanto o Grêmio ofereceu dois. No atual contrato, o zagueiro recebe mais de R$ 1,1 milhão por mês.
O ponto de vista defendido pelo Grêmio é que o modelo de remuneração proposto permitirá que Kannemann siga com o rendimento próximo ao atual. Além de um valor fixo, na casa dos R$ 400 mil, o defensor também receberia bônus em momentos pré-determinados na temporada.
O pagamento poderia ser anual, semestral ou em outra periodicidade. Caso o jogador jogue entre 60% a 80% das partidas, seria pago um valor. Em caso de participação acima de 80% dos jogos, o valor médio recebido bateria em R$ 730 mil.
O clube também deseja que Kannemann faça parte do futuro do Grêmio, mas a situação financeira herdada pela nova gestão é muito pior do que o projetado antes da posse. A necessidade de adotar uma série de ajustes nas contas do departamento de futebol impediu vários movimentos desejados pela direção. E, mesmo reconhecendo as contribuições do jogador e seu peso no vestiário, seria arriscado comprometer um alto valor a um atleta que desde 2019 ficou com menos de 50% de participação dos jogos.
Pelo lado do jogador, segundo fontes consultadas por GZH, Kannemann deseja permanecer em Porto Alegre. Ele gosta do clube, dos funcionários e a família está adaptada ao Brasil. Mas o valor que ele aceita abrir mão não irá alcançar o patamar discutido inicialmente pela direção.