Próximo de conquistar o tão sonhado acesso à Primeira Divisão, o Grêmio começa a definir questões para 2023. Em paralelo à eleição presidencial, que ocorrerá em novembro, o departamento de futebol prepara relatórios para a futura direção sobre as condições no clube. A reformulação no grupo de atletas dependerá dos futuros dirigentes, mas poderá não ser tão drástica assim.
Para o atual presidente, Romildo Bolzan, os jogadores atuais poderão ser mantidos no plantel. Ele projeta entre cinco a seis reforços para nível de titularidade:
— Aqui tem muitos jogadores que podem seguir adiante. Muitos. Sinceramente, acho que o Grêmio tem uma base. Acho que precisamos de uns cinco ou seis jogadores de titularidade. Esse diagnóstico todos estão vendo. Estamos preparando esse trabalho. A próxima direção terá a avaliação própria dela para fazer o que tem para fazer — relatou Romildo Bolzan, na última terça-feira (4), depois da vitória sobre o CSA.
Diego Cerri, executivo da pasta, que deverá deixar a Arena depois das eleições, prepara relatórios para a nova gestão. Por enquanto, a ideia interna é buscar atletas para as seguintes posições: laterais, meias e atacantes.
Há o entendimento de que Brenno e Gabriel Grando seguem em evolução e já acumulam experiência para suportar a Série A. Para o setor de volantes, por exemplo, Villasanti, Lucas Leiva e Bitello são alternativas importantes. Na zaga, Geromel e Bruno Alves foram estáveis, Natã é promissor e Kannemann tende a renovar.
Fora isso, jogadores úteis possuem vínculos e podem ser aproveitados num contexto distinto: Diogo Barbosa, Thiago Santos, Lucas Silva, Campaz, Ferreira e Guilherme.
Para o comando de ataque, as situações de Diego Souza e Elkeson chamam a atenção. Ambos têm contratos se encerrando no final deste ano e as avaliações dependerão de comissão técnica e dirigentes. O atacante naturalizado chinês é elogiado nos bastidores, pois há compreensão de que ele não teve espaço para mostrar futebol pela importância do artilheiro gremista na Série B.
A recomendação, pelo baixo número de reforços, também passa pela situação financeira do Grêmio. Sem Libertadores, o Tricolor não terá capacidade financeira tão elevada como em temporadas anteriores.
Candidatos reforçam ideia de reformulação
A eleição para o Conselho de Administração está marcada para o próximo dia 26. Caso duas ou mais chapas ultrapassem 20% dos votos dos conselheiros, o pleito deverá ser confirmado para 5 ou 12 de novembro. Com isso, o cenário somente terá novidades mais adiante.
Atualmente, os dois candidatos que mantêm chapas ao posto presidencial são Alberto Guerra e Odorico Roman. A reportagem de GZH questionou ambos sobre a necessidade de reforços e quantidade. Confira as respostas:
Alberto Guerra
"O Grêmio precisará de uma reformulação grande no departamento de futebol. Vamos primeiro focar na profissionalização, com cargos de gerência e coordenação. E, depois dessas definições, encaminharemos o projeto de futebol do clube. Entendemos que o atual elenco precisa, sim, passar por reformulação, com jogadores que cheguem para mudar o patamar da equipe".
Odorico Roman
"Na minha avaliação, o grupo do Grêmio precisa de uma reformulação profunda para chegar em um nível que possa disputar a Série A. E o número de jogadores, provavelmente para grupo, é bem mais de seis. Eu diria que nós precisamos em torno de 14-15 jogadores para formar um grupo forte, como precisa ser."