Autor de um dos gols da vitória sobre o Sport, Lucas Leiva concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (22) para falar sobre seu momento no clube. Formado na base do Grêmio, o volante reconheceu que ainda não apresentou seu melhor rendimento desde o seu retorno ao Brasil, mas que está em busca de soluções para acelerar o processo de adaptação ao futebol brasileiro.
Lucas citou que o estilo de jogo no futebol brasileiro e o ritmo são os motivos pelas dificuldades em seus primeiros meses desde o retorno ao Grêmio após 15 anos na Europa.
— Não gosto de achar muitos motivos. Parece que é desculpa. Prefiro focar na solução para resolver isso. Mas o estilo de jogo é diferente. Venho de um período na Itália, onde o sistema de marcação e de como o time jogo era diferente. Voltei também das férias, quando o time estava na metade de temporada. Ritmo de jogo também me afeta. Me encontrar no entrosamento com os companheiros. Eles tem sido muito aberto. Me receberam de uma maneira incrível. Mas o tempo ajuda com entrosamento e o entendimento das jogadas. É o tempo mesmo. Sei que esses momentos difíceis passam. O importante é continuar trabalhando e buscando soluções. O último jogo, pela forma que me senti, foi o meu melhor jogo. Espero dar continuidade nesse início de melhora — afirmou.
Lucas Leiva também explicou a mudança de posicionamento adotado por Renato Portaluppi para a partida contra o Sport. Sem Thaciano e Campaz, o técnico optou por escalar o meio-campista com mais responsabilidades ofensivas.
— Ainda não joguei como primeiro volante. Joguei mais avançado. Me senti bem. É uma função nova, mas com a experiência e o estilo de jogo que propomos, consigo encontrar espaços e ficar próximo da área. Fazia isso muito como primeiro homem lá fora. Requer adaptação, ritmo, mas tive a sensação de que fiquei mais perto do gol — explicou.
Sobre o acesso, Lucas falou que acompanhou a comemoração dos jogadores do Cruzeiro na noite da última quarta-feira (21) e que espera em breve experimentar a mesma emoção com seus companheiros:
— Tenho muitos amigos e familiares gremistas. Noto que essa ansiedade e preocupação são naturais. O Grêmio não deveria estar onde está. Desde que cheguei, tive a convicção de que daria certo. A história do clube mostra que nunca é fácil. Essa troca de comando recente dá mais certeza de que dará certo e de que este período difícil está terminando.