Quantas pessoas fizeram críticas ao técnico Luiz Felipe Scolari depois que, no comando da Seleção Brasileira, ele sofreu aquela terrível derrota para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014? Críticas perfeitamente cabíveis por aquele jogo, vale dizer. Esqueceram-se, porém, que na Copa do Mundo anterior em que o Brasil esteve sob seu comando, Felipão voltou para casa com o penta mundial.
Afinal, se há críticas válidas, também devem ser ressaltados e válidos os elogios pelas campanhas que o treinador realizou à frente das suas equipes e das seleções do Brasil e de Portugal. Diante de eventuais maus resultados, houve quem partisse até para o caráter pessoal ao avaliar o trabalho de Felipão. "Superado", "precisa deixar a carreira", estiveram entre as análises mais suaves. Quem o conhecia, no entanto, jamais duvidou de sua capacidade.
Nesta sua passagem pelo Athletico-PR, aos poucos, Felipão foi dando mostras da sua qualidade como treinador. Deixando de lado suas últimas conquistas, estamos vendo ele chegar à final da Copa Libertadores pela quarta vez na carreira. E isso à frente de uma equipe que não é diferenciada, mas integrando um grupo de times médios.
Falsos especialistas
O problema, no futebol, é que alguns falsos especialistas fazem afirmações que não se confirmam - e, depois, como se nada tivesse acontecido, simplesmente esquecem o que disseram, na maior cara de pau.
Felipão não tem obrigação de ser campeão da Libertadores, mas ele já deixou marcada sua participação na competição. Há pessoas que partem para as críticas de forma irresponsável, desrespeitando o profissional. Isso vale especialmente para Felipão, que, pela sua trajetória, deveria receber o respeito de todos.