Felipão fez história ao alcançar sua sexta semifinal de Libertadores. Na última quinta-feira (11), o treinador conduziu o Athletico-PR para enfrentar o Palmeiras em busca de uma vaga na decisão da principal competição sul-americana.
Antes, Scolari já tinha levado duas vezes o Grêmio (1995 e 1996) e três o Palmeiras (1999, 2000 e 2018). Ganhou dois títulos, um com cada time (1995 e 1999), e ainda foi vice com os paulistas, em 2000.
Essa, no entanto, pode ser a última Libertadores de um dos treinadores mais vencedores da história do futebol brasileiro. Após a vitória dos paranaenses na Argentina, Felipão admitiu que pode se aposentar no final da temporada:
— Para mim, que já tenho a minha ida terminada no fim do ano praticamente, digo que foi uma das vitórias mais emblemáticas de toda a minha carreira. Muito contente, muito satisfeito em terminar como a gente está terminando. É muito bom, só tenho a agradecer esse pessoal.
Ele foi contratado pelo Athletico para exercer a função de diretor técnico, mas ficará como treinador até o fim do ano, passando depois para novo cargo. Porém, até mesmo essa permanência como dirigente ele deixou em aberto:
— Acredito eu que, 95%, termino no fim do ano. A gente coloca alguém da comissão como técnico e vai ficar por fora, se continuar. Não sei se minha família vai ainda deixar. Vontade a gente tem, mas pensa sobre isso. A família está pedindo isso. Acho também que, com 73, 74 no fim do ano, não é que pese, mas deixa a gente cansado demais naquele banco, brigando com esse pessoal — completou.
Felipão assumiu o time paranaense no começo de maio, substituindo Fabio Carille. Pegou o Furacão ameaçado de não avançar na fase de grupos da Libertadores e perto da zona de rebaixamento no Brasileirão.
Acumulou bons resultados, avançou na competição sul-americana, está nas quartas de final da Copa do Brasil (contra o Flamengo) e é o quarto colocado na Série A. Tem até aqui 16 vitórias, sete empates e três derrotas em 26 jogos.