Depois de um início irregular, o Grêmio vive um momento de estabilidade na Série B. Consolidado no G-4, zona que garante o retorno à elite do futebol brasileiro, o Tricolor ostenta uma invencibilidade de 16 partidas na competição. Os resultados dentro de campo, no entanto, contrastam com as críticas feitas por parte da torcida ao desempenho da equipe comandada pelo técnico Roger Machado.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta segunda-feira (8), o presidente do clube, Romildo Bolzan, avaliou a situação e elogiou o trabalho desenvolvido pelo treinador gremista.
— Eu gosto do trabalho dele. É um trabalho muito consistente do ponto de vista da preparação do time. Não se pode avaliar única e exclusivamente pela questão do campo. Ele é o reflexo mais saliente, mas tem de se ver o contexto interno. O contexto do grupo fechado com o treinador. O contexto dos jogadores estarem solidários com a proposta do treinador — ressaltou, destacando o atual estágio do time gaúcho:
— Acho o trabalho tático e físico do Grêmio excepcional. Às vezes oscila, mas é porque, por incrível que pareça, nós ainda estamos em processo de formação da equipe. Tem jogadores como o Elkeson, como o Edílson e como o Kannemann que ainda não jogaram na totalidade. O Lucas Leiva, o Thaciano e o Guilherme estão chegando agora. O Grêmio nunca conseguiu fazer um grupo que desse estabilidade para o treinador. Então, levando em conta tudo isso, o trabalho do Roger é bom — afirmou.
Questionado a respeito da qualidade do elenco em caso de retorno à Série A, Romildo Bolzan foi taxativo na necessidade de agregar qualidade.
— Tem de reforçar. Não resta dúvida. Temos um grupo de jogadores que poderá ser aproveitada, mas sem dúvida nenhuma será necessário reforçar. Com o calendário antecipado, pela primeira vez, a direção que irá assumir terá um tempo maior para se planejar. No momento em que o Grêmio tiver uma questão mais clara de candidaturas, vou chamar todo mundo que tiver no pleito para discutir essas coisas — pontuou.
O dirigente também voltou a comentar sobre a renovação de Kannemann. Ele reafirmou que há interesse mútuo na renovação. Contudo, o tema só será retomado quando o argentino voltar aos gramados.
— Temos uma situação muito clara de um ajuste que será feito no momento em que ele retornar. É um desejo em comum. Temos de organizar essa situação a partir daquilo que combinamos. O nosso prazo é quando ele voltar a jogar e retornar em plena forma — concluiu.
