O Grêmio teve sucesso e obteve uma liminar que permite a liberação da arquibancada norte da Arena para receber torcedores. Na quinta-feira (25), o clube ingressou com um mandado de segurança para reverter a interdição do local até o julgamento dos episódios de violência registrados na partida contra o Cruzeiro, no último domingo (21). Com a liminar, o Grêmio abrirá o setor norte para o jogo contra o Ituano, nesta sexta (26).
Na segunda-feira (22), o Juizado do Torcedor determinou, além do fechamento do setor norte punições para quatro torcidas organizadas do clube. Foram suspensas por 90 dias a Geral do Grêmio, a Rasta, a Garra Tricolor e a Torcida Jovem.
O presidente Romildo Bolzan criticou a decisão de fechar o espaço norte da Arena e defendeu a individualização das responsabilidades pelas cenas de violência.
— Esse processo está sendo julgado, e a decisão foi julgar fora do processo. O Ministério Público pediu a suspensão das organizadas, nunca pediu a interdição do espaço. Se alguém pensa que o Grêmio negligenciou, sabem quantos biometrizados temos aqui? Quarenta e cinco mil pessoas estão cadastradas ali. O Grêmio não pode ser acusado de negligência — pontuou o dirigente.
A decisão de fechar o setor norte foi tomada pelo juiz o Marco Aurélio Xavier, o titular do Juizado Do Torcedor. Ele explicou em entrevista "Sala de Redação", da Rádio Gaúcha, na segunda-feira (22), que a posição foi tomada de forma preventiva e era indispensável.
— Essa medida tem natureza preventiva, não podemos permitir que diante de atos de violência de tamanha gravidade as coisas aconteçam normalmente no próximo jogo. A medida por si só, obviamente, não é suficiente (para conter a violência). Temos duas ações civis públicas que podem proibir as organizadas de três meses a três anos. Essa sim uma medida mais efetiva no sentido de corrigir os rumos das torcidas organizadas. A medida cautelar vai repercutir nas ações civis públicas que estão em andamento — explicou.