O atacante Guilherme, 27 anos, foi apresentado pelo Grêmio no início da tarde desta quarta-feira (6), no CT Luiz Carvalho. Ele recebeu a camisa 11 do diretor de futebol Sérgio Vasques e do executivo de futebol Diego Cerri. O jogador havia desembarcado em Porto Alegre ainda na semana passada, e assinou contrato até o final de 2024 com o clube.
— O Grêmio é minha casa. Cheguei aqui em 2014. Neste meu retorno, fui muito bem recebido por todos, me sinto já 100% em casa. Tem tudo para ser uma temporada de muito sucesso — afirmou o atacante.
Revelado pelo Tricolor em 2015, fez parte do grupo campeão da Copa do Brasil no ano seguinte. Sem espaço na equipe titular, foi emprestado diversas vezes, para Botafogo, Chapecoense, Coritiba e Sport, onde teve destaque e foi artilheiro da Série B de 2019. Nas últimas temporadas, atuou no mundo árabe, por Al Faisaly e Al Dhafra, e garantiu que o aprendizado dos outros clubes pode ajudá-lo neste retorno ao Grêmio.
— Acredito que tenho muito a agregar. Tive experiências boas, como no Botafogo, na Libertadores de 2017, a temporada de 2019 no Sport, quando fui artilheiro. Saí daqui um menino, namorando, e hoje volto casado, mais maduro, pronto para ajudar e marcar muitos gols para levar o Grêmio de volta ao seu lugar, que é a Série A — ressaltou.
Acostumado a atuar como um extrema, aberta pelo lado esquerdo do ataque, teve novas experiências no Exterior. Nos Emirados Árabes, chegou a jogar centralizado, pela direita e até mesmo como um falso 9.
— Lá no futebol árabe aprendi muita coisa. Cheguei como extrema, como sempre fui, jogando a maioria das vezes pela esquerda. Mas lá joguei por dentro, pela direita, como um segundo atacante, de falso 9 também. Acredito que dei certo em várias posições. No meu último clube, eu era camisa 10, mas tinha bastante liberdade para cair pelos lados, fazer várias funções — relata o reforço gremista.
No final da entrevista, recordou a chegada ao clube, em 2014, e a importância do técnico Roger Machado e do auxiliar James Freitas na sua carreira. Guilherme revelou que foi aprovado por James quando fez teste para entrar no time e foi com Roger que recebeu a primeira oportunidade como profissional. Por isso, quando recebeu a ligação do treinador quando ainda estava no futebol árabe, não foi difícil convencê-lo a retornar a Porto Alegre.
— Venci na vida, o futebol mudou a minha história. E o Grêmio foi o clube que me estendeu a mão. O James me aprovou aqui, com 18 anos. E o Roger foi o cara que me deu a primeira chance como profissional. Tenho um carinho muito grande por eles e pelo clube. Estou aqui porque eu quis estar e o Grêmio me quis aqui. Vou dar o meu melhor e tenho certeza de que as coisas vão acontecer e vamos voltar para a Série A — disse, antes de falar sobre a ligação do técnico Roger Machado:
— Eu ainda estava nos Emirados Árabes, jogando lá. Confesso que quando vi na tela do celular Roger Machado deu uma balançada. Foi uma conversa sadia, de pai para filho. É uma relação muito familiar, um cara que eu e minha família temos um carinho enorme. Somos profissionais, jogadores de futebol, mas também somos seres humanos. Temos de ser gratos a quem nos estende a mão. Trocamos uma ideia top, ficamos muito tempo no telefone. Tem coisas que a gente não pode falar. Mas, em resumo, ele não precisou de muito para me convencer a voltar a vestir a camisa do Grêmio.
Venci na vida, o futebol mudou a minha história. E o Grêmio foi o clube que me estendeu a mão
GUILHERME
novo reforço do Grêmio
Assim como Lucas Leiva e Thaciano, outros reforços para a sequência da Série B, Guilherme só poderá estrear a partir de 18 de julho, quando se abre a janela de transferências. A tendência, no entanto, é de que os jogadores só atuem na 20ª rodada, a primeira do returno, contra a Ponte Preta, na Arena, no dia 23 de julho.