O jogo entre Grêmio e Novorizontino pela Série B do Brasileirão, na última terça-feira (7), contou com problemas para alguns torcedores. A Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio gremista, bloqueou uma das rampas de acesso à esplanada da Arena, o que acabou por dificultar o acesso dos gremistas.
Assim, tiveram de subir pela rampa mais próxima, o que ocasionou, especificamente, em uma aglomeração de torcedores no portão V. Existem relatos de pessoas que só entraram no estádio e sentaram na sua cadeira depois dos 10 minutos iniciais do confronto. A situação gerou inúmeras reclamações, não apenas nos microfones da Rádio Gaúcha, mas também nas redes sociais.
Presidente da Arena Porto-Alegrense, Mauro Guilherme Araújo, conversou com o programa "Bola nas Costas", da Rádio Atlântida, nessa quinta-feira (9), e tentou esclarecer como a gestora lida com a situação.
— A questão dos portões a gente recebe em alguns jogos de reclamações referentes a isso. A gente opera arenas há mais de 10 anos, a Fonte Nova, em Salvador, a Arena das Dunas, em Natal. Quando a gente define os jogos existe um planejamento prévio e a gente tem instrumentos que fazem a previsibilidade de público nos jogos. Quando aponta uma partida com menos público, a gente procura otimizar todos os recursos, que são finitos e escassos para todos os gestores. Tentamos fazer uma operação que caiba dentro daquele público. Esse tipo de decisão é tomada previamente — disse Araújo.
Outra reclamação bastante frequente dos torcedores gremistas diz respeito ao preço dos ingressos. Naturalmente, com a queda para a Série B do Brasileirão, a torcida tem comparecido menos ao estádio. Mas a baixa presença não diz respeito apenas ao resultado de campo, mas também aos valores das entradas para as partidas.
— A política de preço tem um racional que define a precificação dos ingressos. Essa temporada de 2022, devido a necessidade de trazer mais torcedores para o estádio, nós sentamos com o Grêmio (CEO e diretor de marketing) e definimos várias promoções. A gente também dá uma olhada no que acontece em outros estádios e estados também. Os ingressos, com os descontos, ficam bastante acessíveis, existem setores que podem atender todo mundo — explica.
Fora da Arena, os gremistas também reclamam da dificuldade para deixar os arredores do estádio. A maior crítica diz respeito à necessidade de fazer um retorno na BR-448 ao sair do estacionamento. Procurada, a Empresa Pública de Trânsito e Circulação (EPTC) afirmou em nota que já existiram tentativas de analisar outras alternativas na saída dos jogos.
"Houve tentativas para analisar outras alternativas de saída para jogos com grande público. São avaliadas não só questões de mobilidade, mas também segurança, evacuação em caso de emergência, etc. Quando não era realizado o desvio para BR-448, os motoristas dos estacionamentos E1 (portão 3,4 e 5), E2 chegavam a ficar de 30 a 50 min sem conseguir sair do estacionamento porque a Voluntários e Frederico Mentz precisavam ser esvaziadas para começar a saída dos torcedores desses setores do estádio. A EPTC destaca que continua a análise para outras formas de realizar essa operação, mas o desvio é a melhor alternativa nesse momento".