O Grêmio aposta cada vez mais nos cascudos para superar o calvário da Série B. Na vitória sobre o Novorizontino, por exemplo, o time de Roger Machado teve uma média de idade dois anos mais alta que a escalação da estreia tricolor na competição. A ideia é que Edílson, 35 anos, Pedro Geromel, 36 anos, Kannemann, 31 anos, e Diego Souza, 36 anos, tenham cada vez mais protagonismo na equipe.
A direção pretende ainda reforçar a "espinha dorsal de cascudos" com Lucas Leiva, 35 anos, que tem negociações em andamento com o clube. Com a experiência de 15 anos de futebol europeu — 10 no Liverpool e cinco na Lazio —, o atleta chegará, se tudo der certo, com a missão de ser uma referência para os mais jovens no meio-campo.
Quando estreou na Série B, no empate por 0 a 0 com a Ponte Preta, o Grêmio não tinha o zagueiro Kannemann, lesionado, o lateral Edílson, ainda em retreinamento físico, e nem o atacante Diego Souza, entregue ao departamento médico. Desta forma, a média de idade do time que começou a partida tinha 25,9 anos.
Contra o Novorizontino, porém, o Tricolor contou com Kannemann, Edílson e Diego Souza e teve ainda o acréscimo de Thiago Santos, 32 anos, que substituiu o paraguaio Villasanti. Desta forma, a média saltou para 27,9 anos, e a comissão técnica gremista avalia que a experiência foi determinante para a equipe superar com facilidade o adversário, mesmo sem apresentar um futebol brilhante.
Na última rodada, ao menos, o Grêmio teve uma média de idade superior à de todos os concorrentes pelo G-4. Entre os rivais diretos, o mais experiente foi o Vasco, com média de 27,6 anos. Já o time mais jovem foi o Bahia, com média de 26,5 anos. Por fim, o Sport entrou em campo com média de idade de 26,8.
Em virtude da tensão que representa a dificuldade de ingressar no G-4 da Série B, a direção e a comissão técnica avaliam que a presença de jogadores rodados é fundamental para que garotos como Bitello, Biel, Campaz, Janderson e Elias não sucumbam à pressão.
Desta forma, tão importante quanto a qualidade técnica, a experiência é um aspecto levado em conta pelos dirigentes gremistas nas negociações por Lucas Leiva. Afinal, o meio-campo é o único setor ainda carente de um atleta rodado e com cartaz indiscutível perante o torcedor.