A expectativa de recuperação do Grêmio depois da derrota para o Cruzeiro foi frustrada com o empate obtido pelo Ituano nos acréscimos da partida disputada em Itu, nesta segunda-feira (16), pela sétima rodada da Série B. GZH aponta três motivos que ajudam a explicar o tropeço gremista.
Aposta em Gabriel Silva sem sucesso
Depois de repetir nas seis primeiras rodadas da Série B o meio-campo formado por Villasanti, Lucas Silva e Bitello, de sucesso na reta final do Gauchão, Roger Machado resolveu mexer no setor em Itu. A opção foi pela entrada de Gabriel Silva no lugar de Lucas Silva, em uma ideia para tornar a equipe mais criativa, o que havia funcionado no segundo tempo contra o Cruzeiro.
No entanto, o resultado não foi o esperado. Gabriel Silva naufragou junto com o time e o Grêmio foi bem inferior ao Ituano no primeiro tempo. Narrador da Rádio Gaúcha, Marcelo De Bona faz uma análise:
— Faltou consistência ao meio-campo. Villasanti ficou sobrecarregado na marcação. Isso não foi apenas pela ausência do Lucas Silva, porque já havia acontecido contra o Cruzeiro. Villasanti acaba sobrecarregado porque o meio é desequilibrado e fica pouco com a bola.
Dificuldade defensiva
O sistema defensivo foi um problema para o Grêmio ao longo de toda a noite. Uma prova disso foi de que o Ituano finalizou 12 vezes contra o gol de Brenno apenas nos primeiros 45 minutos. O goleiro foi responsável por duas grandes defesas e em duas oportunidades o clube paulista acertou a trave na primeira etapa.
A volta do intervalo veio com uma outra bola na trave por parte do Ituano antes do gol de Diego Souza. Mesmo que o Tricolor tenha mantido a vantagem de 1 a 0 até os acréscimos, Nathan igualou o placar em lance que teve falhas de Mateus Sarará, volante que atuou improvisado como lateral-direito após a lesão de Rodrigo Ferreira, e dos zagueiros Geromel e Bruno Alves.
O colunista de GZH Alex Bagé alerta que, principalmente, a bola aérea defensiva precisa ser ajustada por Roger Machado:
— A defesa do Grêmio, no momento, se resume ao nome de Geromel. Os laterais, em ambos os lados, são insuficientes na marcação. Isso deixa mais exposto ainda o miolo de zaga. Roger precisa ajustar o problema da bola aérea defensiva do Grêmio — destaca.
Entrada de Benítez
Depois do primeiro tempo ruim do Grêmio, Roger Machado fez duas trocas no intervalo. Elkeson e Campaz entraram nos lugares de Elias e Gabriel Silva mudando também a formação tática da equipe, do 4-1-4-1 para o 4-4-2. O Tricolor não chegou a ter uma grande atuação, mas abriu o placar com Diego Souza.
Quando faltavam 15 minutos para o término do tempo regulamentar, Roger optou por sacar Diego Souza e mandou a campo Benítez. O argentino, porém, não entrou bem. Ele não conseguiu oferecer criação para uma jogada de contra-ataque e ainda abusou das bolas perdidas. foram cinco perdas de posse nos 15 minutos em que esteve em campo.
Na cotação de GZH, Benítez levou a nota 5,5 com o conceito: "Foi chamado para tentar prender a bola e organizar o time nos contra-ataques. Não cumpriu nenhuma das duas tarefas".