Entre os questionamentos respondidos por Roger Machado em sua apresentação no Grêmio esteve o convite para retornar ao clube no ano passado. Na ocasião, ele havia sido procurado após a saída de Felipão (como em 2015), quando o time lutava contra o rebaixamento. O treinador havia sido demitido do Fluminense e estava no mercado.
— Fui procurado pelo Grêmio quando saí do Fluminense. Expliquei ao presidente minhas razões, entre elas a gestão da minha vida pessoal e profissional. Uma ética da minha função. O Grêmio sempre foi um desejo de voltar. Estar aqui esse ano e não ter voltado ao ano passado diz muito sobre como procuro encarar minha profissão — disse Roger.
Segundo ele, a negativa não teve qualquer relação com o momento do time, que àquela altura permanecia no Z-4 e tinha dificuldades em reagir:
— Essa conduta não teve a ver com o momento que se encontrava (o Grêmio) ou por não acreditar que pudesse se manter na primeira divisão. Torci para que permanecesse. O momento é de reconstrução. Fazer uma competição que vai ser dura, mas o clube tem muitas condições de vencer e continuar seu caminho de vitórias. Fui procurado sim, relatei a ordem dos meus fatores daquele momento, podendo me dedicar à família e a outras questões que julgo importantes. Agora, estou de corpo, alma e de coração aqui.
Sem Roger, os dirigentes do Grêmio optaram por Vagner Mancini. O treinador comandou o time até o final do Brasileirão e permaneceu no clube mesmo com o rebaixamento. Ele foi demitido nesta segunda-feira.