Roger Machado começou seu trabalho no Grêmio. A segunda passagem do treinador como efetivado no comando da equipe teve início com entrevista coletiva. No CT Luiz Carvalho, ele estava ao lado do presidente Romildo Bolzan Jr e do diretor de futebol Sérgio Vazques.
O presidente do clube, Romildo Bolzan, declarou:
— Quero agradecer ao Mancini por ter nos conduzido até aqui invicto no Gauchão. É desnecessário ressaltar a qualidade do Roger como jogador e depois como treinador em 2015 e 2016. Retorna em um momento importante e delicado na vida do clube.
As primeiras palavras do treinador em seu retorno ao clube também foram de agradecimento:
— Obrigado por me receber de novo em casa. Confesso que desejei muito este momento. O clube sempre esteve entre as minhas prioridades. São 30 anos de futebol, quase 20 deles ligados ao clube. É um momento de retorno, cinco anos depois de ter saído e sete depois de ter chegado. Estou pronto para contribuir com o clube. Tenho certeza que vamos ser felizes por esses anos.
A seguir, outros destaques da entrevista coletiva.
Herança de Mancini
"O Mancini deixou o time líder da competição, a tabela fala por si do trabalho dele. Estou herdando um caminho pavimentado, uma continuidade, mas não que faça as mesmas coisas. Com as minhas ideias, com a minha metodologia, mas que a gente tem um caminho."
O que mudou de 2015 para hoje
"São momentos importantes, me tornei mais velho, com muitas vivências acumuladas, com quase sete anos de trabalho no futebol brasileiro. Minhas ideias estão sempre em evolução. Precisamos estar sempre atualizados. Construir um time competitivo, que saiba disputar a competição, mas acima de tudo, que o torcedor se sinta representado. Essa sinergia que é a fórmula para o sucesso de uma equipe. Estou mais maduro e, na minha opinião, mais bem preparado para esse momento do clube."
Iniciar trabalho após pré-temporada
"Meus trabalhos mais longos foram quando peguei clubes no meio. Ainda que eu entenda que é importante pegar no começo de uma temporada."
Convite para retornar em 2021
"Fui procurado quando saí do Fluminense. Falei com o presidente, dei as minhas razões. O Grêmio sempre foi uma possibilidade, sempre quis voltar, mas estar aqui esse ano, não ter voltado no ano passado, diz muito sobre como eu procuro encarar a minha profissão. No ano passado, estava me dedicando à minha família e foi decidido por não voltar naquele momento. Agora, estou de corpo e alma aqui. De coração."
Características do time e forma de jogar
"No futebol brasileiro, é difícil montar um elenco do zero, montado com todas as características que você deseja. O clube se firmou como um clube formador, isso não foi diferente em 2015, apostou na base, junto com alguns atletas mais experientes. Atualizar não quer dizer esquecer o que foi feito lá atrás, mas futebol é ciclo. As formas de jogar vão se alternando. Times voltando a jogar com três zagueiros. Isso depende da safra de jogadores que você tem. A forma de jogar está associado ao material humano que você tem à disposição. Existem várias formas de fazer o jogo. Desde que saí do clube, não joguei em todos lugares do mesmo jeito. Depende muito da característica do elenco. O princípio de tudo é ter um time competitivo."
Conversa com Mancini
"Eu tenho certeza que tenho um vestiário muito sadio. Os problemas do futebol começam e acabam no campo. Eles não são os maiores problemas que a gente precisa resolver. Tive a liberdade de falar com o Vagner. Tem um elenco muito motivado a levar o Grêmio de volta para a Série A. Isso não me preocupa de forma nenhuma."