O atentado sofrido pela delegação do Grêmio, que teve seu ônibus atingido por pedras e outros objetos quando chegava ao estádio Beira-Rio, no último sábado, para a disputa do clássico Gre-Nal segue repercutindo.
Nesta segunda-feira (28), após o treinamento realizado pelos jogadores gremistas, o capitão da equipe, Pedro Geromel, se manifestou sobre os acontecimentos.
— É inadmissível o que aconteceu com o Grêmio e o que vem acontecendo no Brasil. Quem trabalha com futebol precisa ter segurança pra exercer sua profissão. Quem torce, precisa ter segurança pra exercer sua paixão. Algo precisa ser feito. CHEGA! Queremos PAZ — escreveu o zagueiro em suas redes sociais.
Após as agressões endereçadas ao veículo do clube, o Grêmio se recusou a entrar em campo e a partida foi adiada pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF), que remarcou o confronto para o próximo dia 9, às 19h.
O Inter se mostrou contrário à data do novo duelo e em nota divulgada nesta segunda-feira (28) voltou a demonstrar preocupação com um desequilíbrio técnico, já que tem jogadores pendurados com dois cartões amarelos.
— Quanto à remarcação, o Internacional registra sua inconformidade perante à Federação Gaúcha, sua torcida e comunidade esportiva em geral. Primeiramente, a nova data quebra a isonomia quanto ao período de descanso das equipes, uma vez que o adversário terá um dia adicional de descanso em relação ao Inter. Adicionalmente, a inversão de rodadas causa alteração na ordem de cumprimento de eventuais suspensões, fruto de cartões... — diz trecho da publicação colorada.
Em contato com a reportagem de GZH, o presidente do Grêmio afirmou que o Tricolor irá acatar a definição da FGF.
—Responsabilidade da federação, que assim decidiu. Nada a objetar. Vamos cumprir — disse Romildo Bolzan Junior.