O Gre-Nal 435 tem nova data, mas ainda não se sabe se terá torcida. O jogo foi remarcado para 9 de março, no Beira-Rio. Existe a possibilidade de que a partida, marcada para as 19h, seja disputada com as arquibancadas vazias.
Conversas entre autoridades de segurança pública, dirigentes de Inter e Grêmio e a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para definir a questão deverão acontecer nos próximos dias. A possibilidade de o jogo pelo Gauchão ser disputado com os portões fechados voltou a ser cogitada pelo vice-governador e secretário de segurança pública, Ranolfo Vieira Júnior, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
— Talvez nesse primeiro Gre-Nal, pela proximidade, fazer sem torcida em razão do grave fato (é uma possibilidade), mas não deve se tornar uma regra. Seria o simbolismo da falência da sociedade em relação a este tema — complementou Ranolfo, enfatizando o que havia declarado na entrevista coletiva horas após o atentado.
No sábado (26), após a partida ter sido adiada devido ao ônibus do Grêmio ser atingido por uma pedra e um barra de ferro ferindo o volante Villasanti, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, se mostrou contrário à possibilidade de que o Gre-Nal seja disputado sem a presença dos torcedores.
— A partir do momento em que nós adotarmos a medida de fecharmos os portões, não pela questão da pandemia, ou termos que tomar a decisão de torcida única, estamos caminhando para a falência da sociedade. E temo que o recado seja mais desfavorável do que favorável. Mas isso não passa pela Federação, tampouco pelos clubes. A segurança pública é que tem que nos passar isso — explicou o presidente da FGF.
A remarcação do jogo para 9 de março desagradou o Inter. Os dirigentes colorados queriam que o clássico fosse disputado no domingo, dia 6, com a décima rodada sendo empurrada para o meio da semana (9 e 10 de março).
Depois da pandemia, o Gre-Nal 435 seria o primeiro duelo entre Inter e Grêmio com um estádio podendo ter a sua capacidade máxima e a presença de torcedores dos dois clubes.