O Conselho Deliberativo do Grêmio se reunirá na quinta-feira (16) para autorizar um aumento nos gastos de 2021 e votar o orçamento do próximo ano. A suplementação necessária será de R$ 148 milhões. A suplementação não está atrelada a um possível déficit. Ela serve como uma autorização para que o clube tivesse desembolsado mais do que o projetado para se manter durante a temporada.
Presidente do Conselho Deliberativo do Tricolor, Carlos Biedermann falou sobre a reunião da quinta no programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha. A suplementação é tratada como uma situação normal dos processos de governança.
— É uma situação que é corriqueira, estou no clube desde 1997, desde aquele ano teve suplementação em todos eles, e foram aprovados. O Grêmio é conservador na preparação dos orçamentos, ao fazer a previsão prevê algo cauteloso, ao longo do ano ocorrem receitas que superam as receitas orçadas, assim como as receitas superam, as despesas também passam as despesas orçadas — esclareceu.
Segundo Biedermann, as receitas até o final do ano ficarão em R$ 480 milhões, enquanto as despesas em torno de R$ 470 milhões, o que renderia ao término da temporada um superávit de cerca de R$ 10 milhões, os gastos a mais envolvem a maior parte das rubricas do clube, como o futebol e viagens.
— Não cabe nesse momento, nessa pauta da suplementação, discutir a qualidade do gasto, mas sim se ele foi feito de maneira correta. Temos uma pauta de assuntos gerais e aí cabe a discussão sobre a qualidade do gasto. A partir das lições aprendidas nesse ano, estabelecer um rumo diferente para o clube no futebol, não podemos criticar aquilo que deu certo e que vem sendo bem feito. O que deu errado, deu errado.
Apesar da pauta ser sobre a suplementação, o presidente do Conselho Deliberativo não descarta que a reunião tenha ares "mais quentes", em virtude do momento vivido pelo clube gaúcho, rebaixado pela terceira vez para a Segunda Divisão.
— Acho que é natural que as pessoas tenham um espírito mais crítico e é até mais desejável que aconteça, desde que não ultrapasse os limites da civilidade. Espero uma reunião mais quente, mas dentro dos limites que falei. O ano eleitoral (2022) vai ser tenso e intenso, onde vamos ter três eleições e as conjunções políticas estão acontecendo, mas tenho certeza que vamos ter uma eleição tranquila — finalizou.