Entre os jogadores que precisam ter destino definido no Grêmio, há três estrangeiros. E, pelas conversas até o momento, o volante Villasanti, o meia-atacante Campaz e o centroavante Borja terão futuros diferentes em 2022.
Quem está mais perto de confirmar a situação para a próxima temporada é o camisa 9. Sua saída é iminente. Borja ficou sem ambiente para jogar no Grêmio. Além de ter perdido a posição para Diego Souza na reta final, e um pênalti na última partida, ele teve um diagnóstico de falta de comprometimento com a situação do clube. E suas declarações mais recentes escancararam isso.
Na segunda-feira, Borja participou de um jogo beneficente no Estádio Romelio Martínez, em Barranquilla, na sua terra natal. Depois da partida, concedeu entrevista e avaliou sua temporada, deixando clara sua desconexão com a realidade do clube:
— Foi um ano muito positivo para mim. Voltei para a seleção, joguei as Eliminatórias, a Copa América, estive novamente no Brasil com o Grêmio, que apesar de não se salvar do rebaixamento, aprendi e cresci muito. Dou graças a Deus por esse 2021 tão maravilhoso.
Emprestado pelo Palmeiras, seu contrato com o Grêmio vai até o final de 2022. Para adquiri-lo, o clube gaúcho precisa pagar US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões). A tendência é de que vá para o Junior de Barranquilla.
— Vamos ver o que acontece. Se está fazendo um esforço de ambas partes, e esperamos que se chegue a um acordo. Repito, o desejo sempre há. Quero seguir em bom nível para seguir estando na seleção (colombiana), porque esse ano vem o Mundial, e estou seguro de que a Colômbia estará. Por isso devo chegar a um time onde se pode jogar e onde possa ser protagonista para fazer coisas especiais — disse o atleta.
Os outros dois jogadores permanecerão. Villasanti, figurinha carimbada na seleção paraguaia, chegou com bom cartaz e fez partidas elogiadas. Mas, após a convocação para as últimas partidas das Eliminatórias, perdeu lugar na equipe para a dupla formada por Thiago Santos e Lucas Silva. Está nos planos para a próxima temporada.
Campaz também deve ficar. O colombiano de 21 anos foi a contratação mais cara da história do Grêmio (pagou cerca de R$ 21 milhões ao Tolima-COL). Marcou dois gols e fixou-se entre os titulares na reta final. Com mais tempo para adaptação ao país, ao time e à função, a expectativa é de que assuma um protagonismo maior.
A incógnita sobre seu desempenho, porém, faz o Grêmio vasculhar o mercado atrás de um meia. Jean Carlos, do Náutico, desperta interesse. Na última entrevista concedida a GZH, o vice de futebol Dênis Abrahão confirmou essa busca por um meia e justificou:
— Só o Campaz não dá. Gostaria de contratar três (armadores), mas preciso ver o tamanho do meu bolso.
Contratados para fazer a diferença e salvar o Grêmio da queda, os estrangeiros que sobrarem terão o desafio de devolver o time para a Série A. Essa missão, pelo que se vê, ficará a cargo de Villasanti e Campaz.