A derrota para o Santos, que deixou o Grêmio na vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, foi o ponto final da quarta passagem de Luiz Felipe Scolari pelo clube e trouxe um desafio para a direção: não há margem para erro na escolha do treinador que será a última cartada para evitar a queda para a Série B. É certo que o Tricolor não deixará a zona de rebaixamento mesmo que vença o Fortaleza nesta quarta-feira (13), às 20h30min, no Castelão, jogo no qual o time será comandado pelo interino Thiago Gomes, pois a diferença para a primeira equipe fora do Z-4 agora é de cinco pontos.
Assim como aconteceu após a demissão de Tiago Nunes, no começo de julho, a direção apontou para um conhecido da gestão Romildo Bolzan Jr. Roger Machado foi procurado ainda antes da oficialização da saída de Felipão, mas respondeu que não pretende assumir nenhum clube nesta reta final da temporada. Ele manteve essa posição mesmo depois da confirmação do rompimento do contrato com Felipão.
Embora ainda exista a expectativa de mudança de postura de Roger em razão da relação com o Grêmio, os dirigentes passaram a estudar outros nomes ao longo do dia de ontem. Um deles foi o de Mano Menezes, que também acenou de forma negativa a aceitar um convite neste momento. O treinador, que saiu do Al-Nassr, da Arábia Saudita, no mês passado, tem como prioridade voltar a trabalhar no exterior.
Contra Mano ainda pesa a maneira como jogam suas equipes, parecida com o estilo de Felipão, algo que vai contra a preferência do elenco gremista. Na semana que antecedeu a saída de Scolari, líderes do grupo sugeriram ao treinador uma mudança para uma maneira de jogar mais ofensiva.
Essa conciliação de um nome que conheça o ambiente gremista e que tenha uma maneira de jogar que case com o elenco é mais um desafio para os dirigentes. Nesse cenário surge Thiago Gomes. Interino contra o Fortaleza, ele já comandou o Grêmio neste Brasileirão entre a saída de Tiago Nunes e a chegada de Felipão, uma derrota para o Palmeiras, em São Paulo. Naquele momento, a contratação de Felipão não era consenso dentro da direção e a possibilidade de efetivar Gomes chegou a ser discutida. Os jogadores chegaram a sinalizar uma resposta positiva com a efetivação do interino naquela ocasião.
Embora fizesse parte da comissão técnica comandada por Luiz Felipe Scolari, Thiago Gomes não vinha viajando para partidas fora de Porto Alegre- seguia no CT Luiz Carvalho e comandava atividades para os atletas não relacionados para os jogos. Ele viajou para se juntar à delegação em Fortaleza ontem. Ainda que o interino seja elogiado nos bastidores, a sua efetivação não é tratada como tendência no momento.
Após partida no Castelão, o Grêmio receberá o Juventude, no domingo, às 18h15min. A ideia da cúpula gremista é de que o novo treinador esteja na Arena no final de semana mesmo que ainda não comande o time. Depois do confronto gaúcho com a equipe de Caxias do Sul, o Tricolor terá oito dias até o compromisso com o Atlético-GO, em Goiânia, marcado para a segunda-feira, dia 25 de outubro.
Contando ainda o confronto com o Fortaleza, o Grêmio tem 15 jogos a disputar neste Brasileirão. Dentro da projetação matemática, o clube precisa somar mais 19 pontos para chegar aos 42 que evitam a queda. Isso será obtido se o Tricolor vencer seis jogos e empatar um. Ou seja, a necessidade é de dobrar o atual número de vitórias, de seis, obtido em 23 partidas.
Os jogos do Grêmio
- 13/10 - Fortaleza (F)
- 17/10 - Juventude (C)
- 25/10 - Atlético-GO (F)
- 31/10 - Palmeiras (C)
- 03/11 - Atlético-MG (F)
- 06/11 - Inter (F)
Ainda sem data
- Fluminense (C)
- América-MG (F)
- Bragantino (C)
- Chapecoense (F)
- São Paulo (C)
- Bahia (F)
- Corinthians (F)
- Atlético-MG (C)
- Flamengo (C)