O protesto de torcedores do Grêmio, realizado no início da tarde desta quarta-feira (1º), em frente ao CT Luiz Carvalho, terminou com quatro pessoas detidas pela Brigada Militar.
As prisões ocorreram depois que parte dos torcedores arremessaram pedras e rojões em direção ao ônibus, que transportava os atletas do clube, e entraram em confronto com os policiais que faziam a segurança do local, a pedido da diretoria gremista.
— Nós estávamos monitorando esta situação desde a manhã, bem cedo, porque tínhamos a informação da manifestação. Nós, profissionais de segurança, sempre partimos do pressuposto que isso (arremesso de pedras) pode acontecer. Nos preparamos para isso e colocamos nosso pessoal de modo a nos proteger e proteger o terreno. A ação da Brigada Militar foi dentro da técnica e da igualdade de proporções do que foi feito contra nós — declarou o comandante do 11º Batalhão da Brigada Militar, Tenente-Coronel Luis Felipe Neves Moreira, em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha.
Entre 150 e 200 torcedores compareceram ao Centro de Treinamentos para se manifestar na reapresentação do time gremista, que vem de má campanha no Brasileirão, ocupando a zona de rebaixamento.
— A nossa ideia era fazer um protesto pacífico. Não é a primeira e nem vai ser a última vez que viemos em frente ao CT. Nunca deu problema. Mas hoje (quarta-feira), praticamente todos estavam descaracterizados e não faziam parte de nenhuma torcida organizada. O que posso dizer é que a Rasta ficou no canto dela, nos protegendo. Sinto muito pelo que aconteceu — contou Cristiano Rodrigues, presidente da torcida Rasta do Grêmio.
Após a intervenção da polícia, grande parte dos torcedores fugiu em direção ao bairro Humaitá, atravessando a BR-290. Porém, foram registradas imagens do confronto, que serão analisadas pela Brigada Militar a partir de agora.
— As filmagens vão falar por nós. Temos os relatos dos policiais de que pessoas, que são reincidentes, estavam próximo às torcidas organizadas e, como disse o presidente de uma delas, nem todos eram integrantes. Agora vamos identificá-los para iniciar a responsabilização — concluiu o comandante da BM.