Ao conquistar a segunda vitória consecutiva no Brasileirão, o Grêmio subiu mais alguns degraus na sua luta para deixar a zona de rebaixamento. Ainda assim, o técnico Felipão adotou um tom sóbrio para comentar o placar de 2 a 0 construído sobre o Bahia na noite deste sábado (21), na Arena.
— A atuação foi de razoável para boa. Não podemos ficar imaginando que a situação é maravilhosa. Conseguimos o nosso objetivo, e fico satisfeito com o desempenho de todos os jogadores — avaliou. — É uma alegria maior porque, pela primeira vez no campeonato, ganhamos duas seguidas. Então, conseguimos dar um passo grande para fugirmos do rebaixamento. Continuamos (no Z-4), mas estamos já com uma situação bem melhor. Agora começamos a acreditar muito mais, e os jogadores passam a ter mais confiança. Isso vai nos ajudar no restante do campeonato, porque temos uma longa caminhada pela frente — acrescentou.
Além dos três pontos, o comandante gremista também comemorou o retorno de Diego Souza. Após um mês afastado dos gramados, o experiente atacante entrou no segundo tempo e, assim como Borja, deixou sua marca nas redes baianas.
— As escolhas serão feitas de acordo com os jogos que temos pela frente e com os adversários. Há, inclusive, a possibilidade de, em determinados jogos, os dois jogarem, porque o Diego, quando começou (a carreira), era meia. E, em alguns jogos, podemos jogar com dois centroavantes. Só que, para isso, tenho que ir realizando alguns treinamentos, o que sobra pouco tempo. E espero, de coração, que daqui uns 10 ou 15 dias, eu tenha também o Churín, porque daí teremos todos os jogadores disputando posição — avaliou.
Outro ponto abordado por Felipão durante sua entrevista foi a utilização de Douglas Costa como armador. Sem poder com Maicon, lesionado, o treinador optou por deixar Jean Pyerre no banco de reservas e escalou o camisa 10 centralizado no meio-campo.
— Nós temos um armador, mas, às vezes, entendemos que o armador seja aquele 10 clássico, que inverte uma bola, recebe, protege, faz um passe curto. Hoje (sábado), começamos com o Douglas que, mesmo não jogando 100% do que nós queremos, armou algumas coisas que para nós foram interessantes. Então, se nós não temos aquele camisa 10 tradicional, temos jogadores que fazem algumas coisas diferentes e ajudam a equipe a se portar da maneira correta — concluiu.