Prestes a ser anunciado pelo Grêmio, Felipão não é o tipo de treinador que espera um tempo para conhecer o ambiente e, enfim, mexer no time. Seus últimos trabalhos no futebol brasileiro comprovam que o torcedor gremista pode esperar mudanças logo de cara.
GZH recorda agora como o ídolo gremista iniciou suas trajetórias no próprio Grêmio, em 2014, no Palmeiras, em 2018, e no Cruzeiro, em 2020, apontando as medidas iniciais adotadas pelo comandante.
Grêmio (2014)
Após comandar a década vitoriosa do Grêmio nos anos 1990, Felipão voltou ao clube em 2014, menos de um mês depois de ter deixado o comando da Seleção Brasileira. Na época, o ídolo gremista chegava para substituir Enderson Moreira, que havia sido demitido. Sua estreia aconteceria em um Gre-Nal, no Beira-Rio, pelo Brasileirão.
Logo de cara, o treinador mexeu em quase todos os setores do time. Na zaga, reconduziu Werley à titularidade, sacando o recém-contratado Geromel. Também improvisou o volante Ramiro na lateral direita, colocando Pará na esquerda. No meio, optou por Rodriguinho como meia-armador, tirando Luan. E, por fim, lançou o jovem volante Walace, barrando o experiente Edinho. O time acabou derrotado por 2 a 0.
A escalação gremista teve: Marcelo Grohe; Ramiro, Rhodolfo, Werley e Pará; Walace, Fellipe Bastos, Giuliano, Rodriguinho e Dudu; Barcos.
Palmeiras (2018)
A última passagem de Felipão pelo Palmeiras rendeu o título do Brasileirão de 2018. Porém, quando ele chegou ao clube paulista, estava muito distante da liderança. Contratado em agosto para substituir seu ex-pupilo Roger Machado, o técnico estava voltando da China e, por isso, desembarcou depois de sua comissão técnica. Assim, coube ao auxiliar Paulo Turra comandar os primeiros treinos e estrear à frente do Bahia, pela Copa do Brasil.
Naquela ocasião, porém, já foi possível ver algumas mudanças na equipe. A principal delas foi a entrada do centroavante Deyverson na equipe. Antes, Roger usava o atacante Willian Bigode como um jogador de maior mobilidade na frente. Desta forma, o escolhido para deixar o time foi o meia Gustavo Scarpa.
A maior mudança, no entanto, deu-se no modelo de jogo. De um estilo propositivo, os palmeirenses passaram a adotar o jogo reativo, com contra-ataques e bolas longas. Deu resultado.
A escalação do Palmeiras no empate sem gols com o Bahia teve: Weverton; Marcos Rocha, Edu Dracena, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Bruno Henrique, Felipe Melo, Willian, Moisés e Dudu; Deyverson.
Cruzeiro (2020)
Apesar de ter durado pouco tempo (apenas três meses) e não ter sido o suficiente para devolver o clube à elite do futebol brasileiro, a passagem de Felipão pelo Cruzeiro impactou o bastante para fazer o time mineiro escapar da queda à Série C.
Quando ele chegou à Toca da Raposa, em outubro de 2020, já promoveu três mudanças para sua estreia diante do Operário-PR, fora de casa. Primeiro, mexeu no ataque, sacando Airton e Sassá para promover as entradas de Marcelo Moreno e Arthur Caíke — que marcaria o gol da vitória por 1 a 0. Outra alteração foi a aparição do jovem volante Adriano, revelado na base celeste, para a saída do jovem meia Mauricio, que hoje está no Inter.
A escalação cruzeirense na vitória por 1 a 0 sobre o Operário teve: Fábio; Rafael Luiz, Cacá, Ramon e Matheus Pereira; Adriano e Jadsom; Marquinhos Gabriel, Régis e Arthur Caíke; Marcelo Moreno.