Derrotado nas três partidas que disputou até agora, o Grêmio figura na lanterna nesta largada do Brasileirão. Portanto, não precisa ser nenhum especialista para apontar que algo precisa mudar na Arena. GZH aponta cinco ajustes que podem ser feitos pelo técnico Tiago Nunes para que o Tricolor alcance sua primeira vitória no campeonato nacional.
Agressividade
Contra todos os adversários — Ceará, Athletico-PR e Sport —, o Grêmio foi o proponente do jogo, com mais de 60% de posse de bola. Porém, ao mesmo tempo, levou menos perigo do que eles. Até agora, foram 11 finalizações a gol, sendo que os rivais fizeram os goleiros gremistas trabalharem em 14 oportunidades. Ou seja, é preciso arriscar mais.
Em sua estreia nesta quinta-feira (17), com apenas 27 minutos em campo, Douglas Costa arrematou duas vezes de sua forma característica: puxando da direita para o meio e batendo com a perna esquerda da entrada da área. Este pode ser um indício de que a situação deva mudar a partir da próxima rodada. Entretanto, os demais atletas também precisam ser contagiados por este espírito.
Passe de profundidade
Os dois últimos jogos apresentaram o mesmo cenário: contra equipes que se defendem com uma linha de cinco defensores, o Grêmio encontra dificuldades para chegar à linha de fundo e cruzar para Diego Souza. Uma solução seria buscar passes de profundidade, capazes de quebrar as linhas de marcação do rival. No elenco, apenas três jogadores tem essa característica como virtude: os volantes Darlan, que perdeu espaço entre os titulares, e Maicon, que sofreu nova lesão muscular, e o meia Jean Pyerre, que vive uma queda de rendimento técnica.
Físico dos zagueiros
É inegável que Geromel e Kannemann estão na história do Grêmio, mas também é preciso dizer que os dois têm deixado a desejar nas últimas partidas. Caracterizados pelas perseguições longas aos atacantes, ambos vêm sendo batidos em combates individuais que não costumavam perder em temporadas anteriores.
Um reflexo disso pode ser o período que ambos ficaram afastados por conta de lesões na última temporada. Portanto, pode ser o caso de submetê-los a treinamentos de fortalecimento físico.
Saída de bola
No início da temporada, Thiago Santos foi buscado na MLS porque a antiga comissão técnica chefiada por Renato Portaluppi identificou a necessidade de colocar um volante mais físico à frente da área. Porém, diante de adversários que atuam mais fechados, se notou que a carência era exatamente outra: qualificar a saída de bola desde os homens de defesa. Não à toa, Tiago Nunes recorreu a Victor Bobsin já no intervalo, na Ilha do Retiro. O jovem Fernando Henrique também se encaixa neste perfil.
Goleiro
Antes de mais nada, é preciso lembrar que nas duas primeiras derrotas do Brasileirão, Brenno esteve embaixo das traves. Portanto, a culpa de o Grêmio não ter pontuado ainda no campeonato não pode ser depositada na conta de Paulo Victor. Ao mesmo tempo, não se pode negar que o ambiente do goleiro, após a derrota para o Sport, ficou perto do insustentável. Ainda mais agora que o jovem titular embarcará para o Japão, onde disputará os Jogos Olímpicos com a Seleção Brasileira, é prudente a direção buscar um novo profissional para esta posição.