Contratado em outubro do ano passado, Diego Churín chegou para ser uma alternativa a Diego Souza, que era o único centroavante no elenco de Renato Portaluppi. Passados sete meses, o camisa 19 disputou 29 jogos com a camisa do Grêmio (sendo oito como titular), marcou cinco gols e deu duas assistências.
Na última quinta-feira (6), ele marcou um dos gols na goleada por 8 a 0 sobre o Aragua e GZH bateu um papo com o centroavante argentino. Confira:
Como é vencer um jogo por 8 a 0? Não dá para o atacante sair deste jogo sem marcar um gol, né?
A confiança da equipe serve para continuar tendo uma sequência de vitórias. É importante. E também para manter a confiança de todos.
Tu és um argentino que jogou em alguns clubes da América do Sul e que conhece muito bem a Copa Sul-Americana. Fala um pouco mais sobre essa competição.
Está abaixo da Libertadores, que é o torneio principal da América. Mas hoje é a nossa competição. Temos a responsabilidade de sermos protagonistas e tentar conquistá-la. Com a chegada de Tiago (Nunes), a prioridade é tratar de encontrar logo a ideia dele e aplicar em campo. Cada jogador tem de dar 100%, o melhor de cada um para que seja o melhor para o Grêmio.
Tu falastes no Tiago Nunes, que substituiu o Renato Portaluppi. Como é para o grupo receber um técnico novo? O Geromel falou em coletiva na última sexta que ele é muito estudioso e detalhista.
O Renato ficou muitos anos no Grêmio e conquistou muitas coisas. É algo novo para o clube uma mudança de técnico. É uma mudança de ares que dá novas expectativas para todos. Todos estão com muita disposição e vontade, prestando atenção no que o Tiago pretende no campo de jogo. Eu sei muito bem o lugar que eu ocupo dentro do plantel, tenho o maior artilheiro do Brasil na temporada 2020 como titular. Tenho de aprender muito com Diego (Souza), fazer o melhor quando me escolhem e fazer o melhor dentro de campo o que me pedem. Tomara que seja com gols.
Como é competir com alguém que está em uma fase tão boa como o Diego Souza?
É uma competição sadia. Se o Diego está bem, o Grêmio está bem. O objetivo é que o Grêmio esteja na melhor posição na tabela, ganhe torneios internacionais e no Brasil. O objetivo é ser protagonista. Estou aqui para somar, seja entrando ou jogando como titular. Hoje precisamos respaldar o Diego, que está sendo uma peça fundamental para o Grêmio.
Qual é a gana deste time do Grêmio de enfrentar o Caxias e brigar pelo título estadual?
O objetivo tem de ser competir jogo a jogo. Demonstrar que o Grêmio é o que é aqui no Estado, no país e no continente. O clube tem uma história muito rica. Temos de demonstrar isso no campo e brigar por cada bola como se fosse a última. Temos de jogar pela equipe e fazer o melhor por cada companheiro. A união é fundamental para o decorrer da temporada.
"O jogador brasileiro é o melhor do mundo. O brasileiro tem uma técnica natural desde o nascimento, que joga futebol como uma criança aprende a andar de bicicleta.
DIEGO CHURÍN
Tu jogastes no Chile, na Argentina e no Paraguai. Qual a principal diferença do futebol sul-americano para o brasileiro?
A principal diferença é que o jogador brasileiro é o melhor do mundo. O brasileiro tem uma técnica natural desde o nascimento, que joga futebol como uma criança aprende a andar de bicicleta. É natural. Do lado do Rio da Prata, Uruguai e Argentina, tem um pouco mais de garra, é mais físico. Mas falando de futebol, o Brasil é muito rico neste aspecto.
O que o Tiago Nunes pede de específico para ti e o Diego Souza como centroavantes?
Que ajudemos na hora da pressão alta. O nosso trabalho como atacante é ser o mais eficaz possível. Que cada chance possamos fazer o gol. Ele pede mais decisões coletivas do que individual.
Onde o Grêmio precisa acertar para ser campeão da Sul-Americana?
Acreditar em todo o potencial que temos e em todos os jogadores que temos, que são de muita qualidade. Como eu disse antes, o jogador brasileiro é diferente dos outros. É algo natural deles. Temos de confiar muito no grupo, que vamos buscar a Copa.
Como está a tua adaptação a Porto Alegre?
Andei muito pouco pela cidade. São muitos jogos e temos muitas restrições por conta da pandemia. Eu gostei muito. As pessoas são muito quentes e a cidade é muito bonita.
Quando você foi contratado, o Grêmio usou nas redes sociais uma música do seriado "Chapolin", o que você achou?
Não é a primeira vez que fazem esta brincadeira (risos). Estou acostumado com ela em outros momentos também.
Quando a torcida voltar, pode cantar, então?
Pode cantar sim (risos). Eu vou rir muito!