Tcheco foi o símbolo de um Grêmio que subia da Série B após a Batalha dos Aflitos e precisava reconquistar seu espaço na elite em 2006. Assumiu a camisa 10 e a faixa de capitão, e liderou a equipe de Mano Menezes ao vice-campeonato da Libertadores de 2007. O ex-meia diz que o Estádio Olímpico foi fundamental na campanha continental. O Tricolor eliminou Santos e São Paulo, favoritos na opinião dele, com a ajuda da torcida gremista.
— O diferencial com certeza foi o mando de campo, porque o Olímpico era uma atmosfera fora do comum. Conversando com diretores e torcedores que acompanhavam a Libertadores é quase unanimidade dizer que a atmosfera daquele ano era uma coisa diferente — relembrou Tcheco, em entrevista ao Sábado Esporte do dia 5, na Rádio Gaúcha:
— A torcida fazia uma coisa que poucas vezes eu passei, que era fazer a gente acreditar que a equipe inferior podia passar pelo mais forte.
Em 2020, em duas decisões sem torcedores nas arquibancadas por conta da pandemia, Grêmio e Santos não contarão com as bandeiras, gritos e músicas de apoio. O ex-jogador acredita que os portões fechados simbolizam um fator a menos de desequilíbrio a menos para os confrontos, para os quais o time gaúcho é levemente favorito.
— O Santos é uma equipe bem armada pelo Cuca, competitiva, mas o Grêmio tem um estilo de jogar e a eu acredito que o Tricolor possa chegar na semifinal. E dependendo do adversário, até a final.
Grêmio e Santos começam a disputa da quarta de final da Libertadores nesta quarta-feira (9), na Arena. O jogo da volta está marcado para a próxima semana, na Vila Belmiro.