A atuação do Grêmio não foi boa, mas o gol no final, que garantiu o empate em 1 a 1 com o Santos, quarta-feira (9), na Arena, dá esperanças ao torcedor e deixa a classificação às semifinais da Libertadores em aberto para o jogo da volta, na próxima quarta. Para seguir na competição, o Tricolor terá de vencer ou empatar com gols — 1 a 1 para levar aos pênaltis ou empate com mais gols para avançar.
Autor do gol de pênalti, que deu esse novo ânimo ao time gaúcho, aos 56 minutos do segundo tempo, Diego Souza avaliou o empate como merecido e falou sobre a importância do gol no finalzinho, que deixa a definição da vaga para a Vila Belmiro:
— O gol foi muito importante porque dá um pouco mais de tranquilidade. Mesmo se não tivéssemos feito o gol, o confronto estaria em aberto, porque com uma vitória simples nos classificaria. Mas o empate foi muito bom porque mantém a nossa sequência de invencibilidade no ano (que chegou a 17 jogos sem derrota).
Em seguida, o técnico Renato Portaluppi prestou solidariedade às famílias de Alejandro Sabella, que morreu na terça-feira, e de Paolo Rossi, que morreu na noite de quarta.
— Queria dar meus sentimentos ao Sabella e ao Paolo Rossi. Tive o prazer de jogar com ele (Sabella) no Grêmio, em 1985, da mesma forma que o futebol perdeu outro grande jogador, Paolo Rossi, hoje (quarta-feira) — disse.
Depois, Renato fez questão de elogiar a estratégia do Santos do Cuca:
— Em primeiro lugar, a gente tem que dar os parabéns pelo trabalho do Cuca e pela atuação do Santos. Fez uma grande partida, procurou anular as jogadas fortes do Grêmio. Sabíamos que seria um jogo difícil, pegado.
Ainda assim, o comandante gremista aproveitou para reclamar daqueles que disseram que não foi pênalti de Vinicius Balieiro no lance do fim do jogo, que deu a chance para Diego Souza empatar. Na avaliação de Renato, o lance é parecido com o do confronto entre Grêmio e Santos no Brasileirão, quando foi marcado pênalti de Paulo Miranda.
— Se isso não é pênalti aqui na área, as regras do futebol mudaram. Hoje (quarta) foi do Santos, mas se for do Grêmio, na minha área, tem que dar pênalti também. Pula de braço aberto e a bola pega no braço. Tem que dar pênalti — frisou o treinador, que entende que o Tricolor não fez uma partida ruim:
— O Grêmio não teve atuação como vinha tendo, mas não foi mal. Volto a repetir que precisamos dar méritos ao time do Santos. Eles acharam um gol, mas o jogo está totalmente aberto. É um confronto de 180 minutos e teremos mais 90 lá na Vila (Belmiro), qualquer equipe pode passar. Lógico que a gente quer jogar bonito, mas às vezes a gente prefere não jogar bonito e conseguir o resultado.
Do outro lado, o técnico Cuca elogiou o desempenho da sua equipe, mas lamentou o resultado na Arena, especialmente porque o Santos vencia até os instantes finais da partida.
— Jogo teve de tudo, deixa sabor bom pelo que o time jogou. São poucos times que envolvem o Santos, sempre batemos de frente. Fica a frustração pelos gols perdidos em uma bela partida e maneira como tomamos o gol no fim do jogo, com um jogador expulso — lamentou o treinador santista.
Agora, o Grêmio dá uma pausa na Libertadores e enfrentará o Goiás, às 21h de sábado (12), no Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Possivelmente, Renato irá preservar os titulares mais desgastados, até porque já encara o Santos, na Vila Belmiro, na quarta, pelo jogo da volta das quartas de final do torneio sul-americano. Quem passar de fase, leva a premiação de 2 milhões de dólares (pouco mais de R$ 10 milhões) e vai encarar nas semis quem avançar de Racing e Boca Juniors.