O Grêmio empatou com o Santos em 1 a 1 na Arena. Mas acredite. Mesmo com o gol levado em casa e a vantagem levada pelos paulistas para o jogo e volta na Vila Belmiro, pode-se dizer sem qualquer receio que esse empate precisa ser comemorado. A noite foi de extrema dificuldade na Arena. Cuca levou vantagem sobre Renato até os 50 do segundo tempo, quando veio o pênalti salvador, que trouxe o 1 a 1 na cobrança de Diego Souza e redesenhou o confronto de forma radical.
Numa jornada em que o Grêmio esteve abaixo da média das últimas atuações, ir para o jogo de volta precisando de vitória normal é como recobrar o fôlego. Ainda mais se somarmos a isso o fato de o Santos chegar à Vila sem dois dos seus três principais jogadores. Soteldo testou positivo para covid-19, e Pituca levou cartão vermelho no final do jogo na Arena.
Renato sabe que, mesmo contra esse Santos desfalcado, o espera uma jornada dura na Vila. Principalmente, por causa de Cuca. A partida em Porto Alegre mostrou que é ele o grande cara do time, o responsável por fazer dar certo essa química entre alguns bons jogadores rodados e uma gurizada com fome de futebol.
Havia, pelo menos, dois meses que não se via um adversário acanhar tanto o Grêmio. O primeiro tempo acabou com um arremate, que não foi a gol, e o semblante de preocupação de Renato.
O Santos marcou com uma disciplina modelar. Marinho, por exemplo, correu o tempo todo, na defesa e no ataque. Pituca, Sandry e Jobson tomaram conta do meio-campo.
Ninguém de azul teve espaço para criar. No segundo tempo, com mais volume, o Grêmio ameaçou mais, sem ser tão contundente. Escapou de levar o segundo em duas ocasiões e acabou premiado pela sua insistência com o pênalti. Que mudou o confronto e o deixou aberto. Mas será preciso Renato repensar alguns pontos e rezar para ter Jean Pyerre de volta.