O jogo deste domingo (11) terá um gosto especial para dois jogadores do Grêmio. A partida contra o Santos marca o reencontro do goleiro Vanderlei e do lateral-direito Victor Ferraz com a equipe da Vila Belmiro, a qual ambos defenderam nas últimas temporadas, mas que trocaram pela Arena no começo deste ano.
— Vanderlei e Victor Ferraz chegam com status distintos neste reencontro com o Santos. Enquanto o goleiro teve status de ídolo e deixou a equipe santista tido por muitos como injustiçado, embora a sua melhor fase pelo clube houvesse passado, Ferraz sempre viveu uma relação de muito mais ódio do que amor com o Peixe — explica o setorista do Santos no jornal O Lance, Fábio Lázaro.
O lateral foi o que mais defendeu o time paulista. Foram seis temporadas atuando pelo Peixe (2014 a 2019) e atuou 258 vezes com a camisa alvinegra. Lá, conquistou os campeonatos paulistas de 2015 e 2016, mas acabou perdendo espaço com a chegada de Jorge Sampaoli em 2019, dando lugar a Pará, ex-jogador do Tricolor. Agora no Grêmio, Ferraz começou o ano como titular pelo lado direito, mas, com a lesão muscular sofrida, viu Orejuela tomar o seu lugar.
— O lateral, que chegou até a dizer que gostaria de encerrar a sua carreira no Alvinegro, sempre foi muito questionado pela torcida, que via nele uma representação da chamada "geração do quase", que chegaram em condições de vencer títulos de expressão, mas sempre perdia o fôlego nas retas finais, não passando de conquistas estaduais. Ainda assim, ao meu ver, Ferraz sempre foi muito injustiçado. por ser um grande jogador que principalmente sempre colocou a cara a tapa, não se escondendo de entrevistas e sendo bem contundente, até mesmo em derrotas — completa Lázaro.
O goleiro foi contemporâneo do lateral, chegando ao clube paulista em 2015 e conquistando os mesmos títulos de Ferraz. Vanderlei atuou também até o fim de 2019 e tomou o mesmo caminho do ex-colega no começo desta temporada, com a camisa do Peixe fez 251 jogos. Assim como Victor Ferraz, o jogador acabou perdendo espaço no clube com a chegada de Sampaoli, onde acabava sendo preterido por não saber usar bem os pés.