Mais uma vez, o técnico Renato Portaluppi garantiu que não há crise no Grêmio. Em entrevista no início da tarde desta sexta-feira (18), em que foi anunciada a demissão do executivo de futebol Klauss Câmara, o treinador voltou a dizer que tem confiança no grupo de jogadores e pediu paciência à torcida.
— Torcedor precisa ter mais calma. Somos os culpados porque acostumamos a torcida a ver o time vencer todos os jogos. Mas como você vai colocar em dúvida um trabalho de quatro anos, onde o clube conquistou vários títulos e, de repente, por estarmos em um momento não tão bom, nada não presta? Nós vamos melhorar. Nosso grupo é muito bom, muito forte, desde que todos os soldados estejam prontos para a batalha — disse o treinador.
Quanto aos soldados, Renato referia-se aos atletas lesionados e suspensos. Na derrota para a Universidad Católica, no Chile, a equipe tinha sete desfalques: Pepê e Paulo Miranda, suspensos, e Maicon, Kannemann, Victor Ferraz e Jean Pyerre, lesionados, além de Everton, com quadro gripal.
— A gente sabe que precisa melhorar. Agora, volto a repetir, o desempenho do Grêmio não é bom, mas não é péssimo. Não vai ser da noite para a dia, com a quantidade de jogadores que recém chegaram e com sete, oito jogadores no departamento médico, que vamos conseguir reagir. Vamos trabalhar para retomar o caminho das vitórias, mas estamos nesse processo de transição do grupo — salientou o comandante tricolor.
Uma afirmação que chamou atenção, no entanto, foi a de que ele mesma pediria para deixar o clube caso entendesse que não poderia mais tirar nada do time. Sem uma pergunta específica sobre o tema, Renato afirmou que não iria "roubar o Grêmio" e que sentaria com o presidente Romildo Bolzan e resolveria a questão "em dois minutos" se achasse necessário:
— Se eu achar que estou atrapalhando, vou sair. Ainda mais no clube que eu amo. Estou há quatro anos aqui, tenho o maior orgulho de estar à frente do clube. Se eu achar que estou prejudicando, não vou ficar. Eu não coloco um real de multa. Poderia colocar milhões. Mas tenho caminho aberto para entrar ou sair. Se eu achar que é o caso, vou chegar no presidente e agradecer pela oportunidade. Mas o momento agora é de trabalho, de retomar o caminho das vitórias.