O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, garantiu nesta quarta (9), em Salvador, que o técnico Renato Portaluppi não corre riscos, apesar do mau momento da equipe. O dirigente afirmou ainda que não acredita que o ciclo do treinador no clube esteja no fim. Contudo, o mandatário gremista garantiu que a direção está atenta, para, se necessário, fazer "algum tipo de interferência".
— O Renato é um treinador vitorioso no clube, tem completo domínio do elenco e tem a confiança da direção. Portanto, um fim de ciclo com este grupo só se efetivamente a gente acabar errando todos os nossos diagnósticos. Eu não acredito nisso — declarou o presidente, em entrevista coletiva.
Contudo, o mandatário tricolor afirmou que está atento para realizar "debates e diagnósticos", caso seja preciso, e citou o que ocorreu com o técnico Luiz Felipe Scolari, em 2015, primeiro ano da sua gestão.
— O Grêmio é um clube que renova. Se observarmos que tem alguma situação que necessita algum tipo de interferência, claro que vamos fazer um debate. Mas não um debate autoritário, aquele do cacique ou do ditador. Não existem ambientes que se formam de uma situação monocrática, autocrática ou autoritária. Se formam a partir de debates e diagnósticos. Fizemos isso em 2015 a partir de diagnóstico. Se precisarmos fazer outro diagnóstico, se fará — completou.
Em 2015, quando a equipe apresentou uma queda de rendimento, o presidente realizou uma conversa com Felipão e as duas partes entenderam que a troca de técnico era o melhor caminho para a equipe. Logo após, o treinador acabou pedindo demissão.
Neste momento, a direção gremista descarta demitir Renato, mesmo em caso de derrota para o Bahia.
— O treinador não tem nenhum risco, de absolutamente nada. Não existe isso. Eu sou presidente do Grêmio há cinco anos e já passei por descomposturas de todos os tipos, não é a primeira vez que isso acontece. O futebol é absolutamente emocional. O Grêmio é um clube vencedor, que recupera logo ali na frente — afirmou Romildo.
Conforme apurado pela reportagem de GZH, as únicas possibilidades de uma eventual saída de Renato seriam se o próprio treinador entregasse o cargo ou se a direção e o técnico definissem uma mudança em comum acordo. Contudo, não é a intenção no momento nem do clube e nem do profissional.
— A conversa com o treinador é permanente, o diálogo é aberto. O Renato compartilha situações, debates, socializa os problemas e angústias dele. Vamos vencer logo ali na frente — finalizou o presidente tricolor.