O Grêmio venceu mais uma vez o Inter, na noite de quarta-feira (23), no Beira-Rio, e ampliou para 10 jogos a invencibilidade no clássico. Mas, por trás do triunfo válido pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, há diversos fatores.
Por isso, GZH enumerou cinco motivos que foram determinantes para a vitória tricolor no Gre-Nal 427. Confira:
Estratégia acertada
Pode parecer óbvio, mas nem sempre quem tem a melhor estratégia sai de campo com a vitória. Contudo, neste Gre-Nal, venceu quem soube aplicar a melhor tática para encarar o adversário. Isso porque o técnico Renato Portaluppi posicionou o Grêmio mais avançado, pressionando a saída de bola do Inter, e dificultando a troca de passes curtos do time colorado, que era obrigado a rifar a bola. Além disso, a entrada de Lucas Silva como o primeiro homem do meio, protegendo a entrada da área, funcionou bem e o volante foi um dos principais jogadores da partida.
Laterais com vitória pessoal
Até poucas horas antes do clássico era dúvida se jogariam Orejuela e Cortez ou Victor Ferraz e Diogo Barbosa no Grêmio. Renato optou por laterais mais físicos — um bastante ofensivo e outro que vai bem defensivamente. E, assim, dominou os dois lados. Pela direita, Orejuela teve vantagem no duelo com Matheus Jussa, que atuou improvisado na lateral esquerda do Inter. Do outro lado, Cortez conseguiu conter os avanços de Saravia e Marcos Guilherme, que nada criaram pela direita de ataque do Inter.
Presenças de Kannemann e Lucas Silva
A dupla foi importantíssima para o triunfo gremista. Kannemann foi a base da defesa tricolor, com vitória pessoal em quase todos os duelos com os atacantes do Inter — ganhou oito de nove confrontos. Além disso, era o capitão do time e conseguiu orientar bem a defesa, que tinha o garoto Rodrigues ao seu lado, e ainda conversar bastante com o árbitro Patricio Loustau, seu conterrâneo. Já Lucas Silva voltou a jogar bem e fez sua melhor partida após a retomada do futebol. Deu a segurança da qual o Grêmio precisava à frente da área e iniciava a transição ofensiva com bons passes para os meias mais avançados.
Poder de decisão de Pepê
Se estava faltando ao Grêmio eficiência ou pontaria, Pepê mostrou que está com o pé na forma. Tudo bem que poucos minutos antes de fazer o gol ele perdeu uma chance clara, frente à frente com Lomba, mas, quando na segunda oportunidade, não desperdiçou e mandou belo chute de fora da área no canto esquerdo. Além de ter sido o jogar mais insinuante do time, mostrou que tem o poder de decisão, já que sua finalização foi a única da equipe que foi em direção à meta colorada.
Emocional em dia
A fase do Grêmio não era boa. Em 12º no Brasileirão, sem vencer há quatro jogos, com direito a uma derrota mostrando um futebol muito abaixo do esperado contra a Universidad Católica, no Chile, pela Libertadores, o time poderia ter se abatido. Mas não foi isso o que se viu no Gre-Nal. A equipe do técnico Renato Portaluppi mostrou que o emocional está em dia e que cresce nos momentos decisivos. Não à toa o Tricolor não perde um clássico desde setembro de 2018. Mais do que isso: sequer leva gols do maio rival desde julho do ano passado, quando o gol colorado foi contra, marcado por Paulo Miranda.