O técnico Renato Portaluppi divide a opinião de torcedores e analistas quando poupa titulares no Brasileirão. A sequência de jogos é pesada demais para repetir sempre os mesmos jogadores, segundo o treinador. O Grêmio ganhou a primeira partida da final contra o Caxias, nesta quarta-feira (26), sem Diego Souza, machucado, e perdeu Pepê e Isaque ao longo da partida com suspeita de lesão na coxa e no braço, respectivamente.
— Não pode jogar sempre o mesmo time, tem que rodar o elenco. Por causa da pandemia, eram quase cinco meses sem jogar. Por que ficar poupando se fazia tanto tempo que não jogavam? Justamente para readaptar o corpo deles a fazerem tudo que estavam acostumados — esclareceu Renato, na coletiva após a partida.
Pepê foi para o intervalo com dores na coxa. Voltou ao campo para o segundo tempo e caiu no gramado aos seis minutos. Foi substituído por Everton e sentou no banco com bolsa de gelo na coxa esquerda.
— Pepê sentiu uma lesão que nunca sentiu na vida dele, não sabia nem explicar o que era. Sentiu um pouco mais de dor e pediu para sair — relatou o técnico, sem revelar a gravidade da lesão.
Isaque também saiu, após cair de mau jeito sobre o braço esquerdo. Ele jogava no lugar de Diego Souza, lesionado desde o empate na quarta rodada do Brasileirão. Renato explica que a comissão técnica está em constante vigilância aos indicativos fisiológicos de desgaste dos atletas, que preveem risco de eles machucarem-se.
— O Diego queria jogar no Ceará, e seguramos. Depois foi e jogou contra o Flamengo, se machucou. Quando poupa jogador, a gente sabe o que está fazendo. Até porque a gente tem um elenco com boas opções — explicou.
Para a partida da volta contra o Caxias, Renato receberá o retorno de Kannemann e Orejuela, suspensos por cartões na semifinal contra o Inter. No ataque, porém, nenhum dos três desfalques tem a volta garantida. Diego Souza e Pepê serão avaliados nessa quinta-feira (27), enquanto Isaque ainda não teve um boletim médico divulgado.