Sem entrar em campo desde 17 de novembro do ano passado, quando entrou no segundo tempo da derrota por 1 a 0 para o Flamengo, André foi comunicado no começo desta temporada que poderia buscar um outro clube, já que a ideia do Grêmio é repassá-lo.
— É um grande jogador de futebol, mas precisa de um ambiente em que ele se sinta confortável. Vai fatalmente acontecer, é questão de tempo — declarou o presidente Romildo Bolzan Junior, em fevereiro, antes da decisão do primeiro turno do Gauchão, contra o Caxias.
Mas até o momento, nem André nem Grêmio encontraram um clube disposto a contar com o jogador que completará 30 anos em setembro. Desta forma, ele segue treinando normalmente com o grupo principal, mesmo sem ser utilizado.
Como o contrato do atacante é válido até 31 de dezembro de 2021, o Tricolor terá de pagar, apenas em salários, mais R$ 6,5 milhões caso não consiga negociá-lo. Por isso, um reaproveitamento não estaria nos planos gremistas quando da retomada dos campeonatos, já que as partidas sequer terão a presença de público e isso o eximiria de vaias, por exemplo.
— André só voltaria a ser aproveitado por absoluta necessidade em caso de jogos de três em três dias. Em qualquer outro cenário, já parece decidido que André não estaria contando como possibilidade porque teve reiteradas chances sem a devida resposta técnica. E não há injustiça nesta decisão previamente tomada —avalia Maurício Saraiva, comentarista da Rádio Gaúcha e RBS TV.
A ideia trabalhada nos bastidores gremistas é de ainda procurar um destino para o camisa 90, mesmo que para isso seja necessário seguir pagando parte dos salários. A hipótese de André voltar a jogar pelo Grêmio não está totalmente descartada, mas é mínima. No momento, a única hipótese de isso vir a acontecer é Renato não ter outras alternativas para a função, quando os torneios voltarem a ser disputados.
— Em tempos de recessão e grana muito curta, passa a ser urgente ao Grêmio encontrar um destino para André. Se antes já era muito difícil que surgisse um interessado em levar o combo completo, ou seja, bancando todo o salário, neste momento podemos dizer que esse modelo de negócio ganhou ares de missão impossível. O melhor caminho me parece encontrar um clube que banque, pelo menos, metade dos vencimentos. O que significaria uma economia uma grande economia — diz o colunista de GaúchaZH e comentarista da Rádio Gaúcha Leonardo Oliveira.