Um dos assuntos mais controvertidos para opinar diz respeito sobre a remuneração dos outros. E em qualquer atividade, mesmo neste momento em face da pandemia. As remunerações dos jogadores de futebol não foram impostas, pois, decorrem de contratos bilaterais ajustados livremente entre partes.
Tenho ouvido e lido muitas opiniões acerca da questão do ajuste salarial entre os atletas e a direção gremista. Vamos partir de um pressuposto básico e extremamente importante, fundamental eu diria. O Grêmio talvez seja um dos únicos clubes brasileiros que não demitiu nenhum funcionário, ao contrário de outros próximos. Cada um é que sabe de suas necessidades.
Jogadores de futebol de grande clube são muito bem remunerados, mas não sabemos dos compromissos assumidos. Penso que o ajuste feito com a direção tricolor está bem adequado e apropriado para o momento. Estão abrindo mão de receber em dia suas remunerações, para vir a recebê-las num futuro relativamente próximo e de forma bastante parcelada — em vinte e quatro meses.
Ambas as partes — atletas e direção — trataram o assunto com muita seriedade e profissionalismo. E, em favor do clube , há que se deixar bem claro, os salários estão rigorosamente em dia. Não há negociação de atraso salarial, mas de transferência para o futuro, daquilo que os atletas têm direito daqui para a frente. Isso é muito diferente de negociar salários costumeiramente em atraso. O Grêmio é um clube com equilíbrio financeiro e relaxem os que não gostam.