O comunicado do Grêmio nesta quarta-feira (24) confirma a informação do acordo entre direção e jogadores para um novo cronograma de pagamentos de salários por conta da crise do coronavírus.
O acerto prevê que o pagamento de 55% do salários dos atletas entre abril e setembro de 2020 (incluindo valores de carteira e direito de imagem) será feito a partir de janeiro de 2021, se estendendo até dezembro de 2022.
Ou seja, os atletas não terão redução de salário, e sim um novo cronograma de pagamentos, com boa parte dos valores parcelados em 24 meses.
Para dar um exemplo prático: se um jogador recebe R$ 100 mil mensais, ele ganhará até setembro R$ 45 mil mensais. Mas irá recuperar os valores que ficaram para trás a partir de janeiro de 2021, em 24 parcelas mensais.
Este atleta que está recebendo hoje R$ 45 mil mensais, deixará de ganhar no total R$ 330 mil (R$ 55 mil durante seis meses). Para recuperar, estes R$ 330 mil serão diluídos em 24 meses. Ou seja, a partir de janeiro, o jogador que teria que receber R$ 100 mil mensais, vai ganhar R$ 113 mil mensais, sem contar a correção.
Aqui eu peguei o exemplo de um profissional que tem o salário de R$ 100 mil. Mas a lógica é a mesma para quem tem vencimentos com quantias inferiores ou superiores, apenas com a diferença proporcional. Claro que alguns casos precisarão de ajustes, como, por exemplo, jogadores que deixarem o clube antes do final de 2022.
Para o Grêmio, esta é a possibilidade de organizar o fluxo de caixa e se preparar melhor para fazer os pagamentos a partir de 2021, quando a situação deverá estar melhor.