A noite do dia 28 de julho de 1983 ficaria marcada na história para os todos os gremistas. No fim do jogo entre Grêmio e Peñarol, a invasão ao gramado do banco de reservas, comissão técnica, dirigentes e torcedores formou uma grande comemoração, que seria o início das festividades que seguiram pela capital gaúcha.
O projeto Saudade do Esporte se propõe a contar como foi a celebração do título da Libertadores em Porto Alegre. Em entrevista ao GaúchaZH, o jornalista Darci Filho, que trabalhou no jogo entre Grêmio e Peñarol, lembra que a mobilização da torcida ocorreu no dia inteiro.
— Assim que o árbitro apitou o fim do jogo, a cidade foi tomada por intensa alegria dos torcedores gremistas, que viraram a noite comemorando. Lembro-me que, no dia seguinte, só se falava da disputa do Mundial, em Tóquio. Porto Alegre acordou muito cedo e dormiu muito tarde naquele 28 de julho de 1983 — recorda Darci.
Nesta mesma linha, o jornalista João Carlos Belmonte sublinha a emoção dos torcedores e, principalmente, a expectativa com a viagem para o Japão no fim do ano.
— A festa foi inesquecível, do tamanho da Libertadores. O jogo, de certa forma, invadiu a madrugada. Muita gente sequer dormiu naquela noite. Eu relatei o gol do César na rádio e percebi o forte sentimento da torcida. Recordo de passar pelas ruas da cidade e ver as pessoas brincando com o fato de o Grêmio estar classificado para disputar o Mundial, em Tóquio. Nos dias seguintes, só se falava disso — destaca.
Conforme números da Conmebol, a final entre Grêmio e Peñarol registrou o maior público da Libertadores de 1983. No total, foram mais de 73 mil torcedores presentes no Olímpico.