Adilson Batista foi capitão do Grêmio na conquista da Libertadores de 1995 e esteve à frente do clube como treinador na temporada de 2003 e no início de 2004, ano que acabou culminando com o rebaixamento do Tricolor para a Série B do Brasileirão. O ex-zagueiro e atualmente treinador participou da Live GZH com o colunista Filipe Gamba e relembrou sua trajetória vitoriosa no Grêmio.
— Fazendo uma retrospectiva, tentamos entender os processos, os valores e essas coisas. Eu jogava para o Felipão, para o dr. Fábio (Koff), para o seu Verardi, para o Cacalo. A gente jogava para e pelo torcedor. Era uma outra geração. Queria entender como essa química deu certo, todos chegamos juntos, mais da metade do time. O Felipão e o Cacalo foram muito assertivos nas contratações. Quando fomos para a pré-temporada era um time em formação — relatou.
O "Capitão América", como Adilson é conhecido, também falou sobre a importância dos confrontos contra o Palmeiras pelas quartas de final da Libertadores de 1995.
— Nos confrontos contra o Palmeiras, os jogos mostraram que nós éramos muito fortes. Eram disputas tratadas como as partidas do ano. Sempre provamos que nosso time era grande, jogando contra São Paulo, Corinthians e Palmeiras. Não tínhamos a badalação das equipes de São Paulo, mas provamos nosso valor — completa.
O treinador também comentou sobre a perda do Mundial de Clubes de 1995, quando o Tricolor foi derrotado nos pênaltis pelo Ajax, que contava com Litmanen, Davids, os irmãos De Boer e outros jogadores em nível de seleção.
— O pessoal nos assustava, dizia que a gente ia tomar cinco gols deles, mas fomos corajosos. Marcamos muito, tivemos nossas oportunidades, mas é complicado falar que poderia ser diferente. Seria muito importante ser campeão mundial, mas cumprimos o nosso papel. Era um time de muita posse, da escola holandesa. Eu sempre pergunto para o Paixão como que a gente correu tanto. Eu nunca corri tanto quanto no Grêmio — disse Adilson, rindo.