O ex-atacante artilheiro e campeão da Libertadores pelo Grêmio Jardel passa os dias de quarentena na casa em Fortaleza. Aos 46 anos, alterna entre atividades físicas em dois turnos, relaxamento na piscina, leituras sobre inteligência emocional e fazer contato entre jogadores e possíveis times compradores. O eterno camisa 16 tricolor se orgulha das mudanças recentes na vida.
— Procuro manter coisas boas. Estou estudando, a pandemia atrapalhou um pouco, mas sigo com matéria em casa, e sempre com a Bíblia. O que me sustenta hoje é Deus. Mudei minhas companhias e revi toda minha realidade — comenta.
Fechado em casa com a família, Jardel destaca os cuidados para evitar a covid-19. Ir ao mercado, "só de máscara e sozinho pra ter menos chance de trazer o vírus pra casa". Ele se mostra preocupado com a pandemia que impacta o Ceará e já vitimou um amigo gaúcho que era dono de churrascaria no Nordeste.
— Não tenho palavras, era muito forte nossa ligação. Tive que ser psicologicamente muito firme para me manter. Chorei, minha esposa chorou, sentimos muito — conta.
Relembrando o Grêmio campeão da Libertadores em 1995, Jardel destacou a alegria do grupo e o caminho vitorioso na carreira de goleador, que começou no Estádio Olímpico.
— Comecei a mostrar meu potencial quando o time do Felipão encaixou. E a parceria com o Paulo Nunes segue até hoje. Chego nos eventos de gremistas sem ele, as pessoas questionam onde que ele está. E o contrário igual. Sempre fomos alegres no vestiário. As brincadeiras eram constantes, e sou muito grato por lembrar delas, ainda mais com títulos — lembra.
Na Europa, o centroavante foi referência no Sporting, em Portugal, e deixou sua marca na Turquia, onde é ídolo do Galatasaray — Jardel foi herói da conquista da Supercopa Europeia em 2000.
— Depois da Libertadores, o título da Supercopa é o mais importante. Ganhar do Real Madrid de Roberto Carlos, toda aquela zaga, Figo como melhor do mundo, era um timaço. E dois gols em cima do Casillas, o segundo de canela — brinca o artilheiro.