O gramado da Arena do Grêmio sempre foi alvo de polêmicas. Em vários momentos, Grêmio e a empresa que administra o estádio entraram em choque, incluindo críticas do técnico Renato Portaluppi e da direção sobre a manutenção. Na última Copa América, os jogadores da Seleção, o técnico Tite e o argentino Messi também apontaram falhas no terreno.
Mesmo com a paralisação das atividades em função da pandemia de coronavírus, o campo segue passando por manutenção. Segundo a Arena Porto-Alegrense, o cronograma que estava previsto segue inalterado, mesmo que jogos não estejam sendo disputados.
Através de sua assessoria de imprensa, a gestora do estádio gremista informa ainda que conforme programado, nos próximos dias, a Arena dará início à sobre semeadura, com a grama de inverno.
"Estão sendo realizados todos os manejos previstos, como o corte, a aeração, a irrigação, a adubação e a iluminação suplementar", disse a empresa em nota a GaúchaZH.
Nesta segunda-feira (6), a Campanelli Gramados Esportivos e Áreas Verdes, empresa que atua no mercado de implantação de gramados esportivos, informou que o Grêmio passará a utilizar sementes Lolium Perenne, também conhecidas como Ryegrass, que foram desenvolvidas para que o gramado não se desgaste ou perca o seu rendimento no inverno.
— Por meio do processo denominado de Overseeding (que consiste na realização de várias operações de manejo agronômico do gramado), as sementes de Ryegrass são semeadas sobre a grama de clima quente. Por conta de sua rápida germinação e do seu desenvolvimento, a Ryegrass possibilita um gramado denso com tonalidades verdes de alto valor estético e, principalmente, jogabilidade excelente — explica o engenheiro agrônomo Eliéser Lima, da empresa responsável pela semeadura.
Ele ainda acrescenta que Coritiba, Athletico-PR, Chapecoense, Corinthians e São Paulo são outros clubes brasileiros que utilizam este processo em estádios e centros de treinamento.