Para André, a paralisação dos jogos chegou antes. A última atuação do atacante do Grêmio foi em 17 de novembro do ano passado, na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, na Arena, pelo Brasileirão. Em 2020, sequer foi relacionado por Renato Portaluppi para uma partida oficial.
A alternativa buscada pela direção gremista, que não pretende dar novas chances ao ex-Sport, foi tentar repassar o jogador a outro clube. No entanto, pesa na dificuldade para encontrar um novo time o salário de R$ 350 mil - desde a última vez em que esteve em campo, André recebeu pelo menos R$ 1,75 milhão em salários. O cálculo não considera o valor das luvas, que foi reduzido em acordo entre diretoria e atletas diante da parada no futebol. Antes de o futebol no Brasil ser parado por conta da pandemia de coronavírus, o jogador dividia sua rotina entre treinamentos e jogos-treino no CT Luiz Carvalho.
Somando os 20 meses que faltam até o encerramento do vínculo entre Grêmio e André, em 31 de dezembro de 2021, o Tricolor terá de pagar, apenas em salários, mais R$ 7 milhões caso não consiga negociá-lo com outra equipe. Além da rescisão amigável, outra alternativa estudada pelo clube é seguir pagando parte dos salários do centroavante. Sport, Coritiba e Athletico-PR já sondaram a situação, mas o valor para ter o jogador afastou os interessados.
O Grêmio garante que, por enquanto, não há intenção de reaproveitamento no plantel principal. Logo, o desejo é que o clube e atleta sigam caminhos distintos e o futuro seja definido após o retorno das férias concedidas no mês de abril também pela necessidade de economia nas finanças gremistas.