Vanderlei chegou ao Grêmio depois de seis meses sem ritmo e entrou em campo como titular em sete partidas. O novo goleiro venceu quatro jogos e perdeu três, sendo vazado em quatro dos que atuou. Sua média é de 0,86 gol sofrido por jogo. O turno do Gauchão termina com o camisa 27 mais seguro do que quando estreou com falha contra o Caxias. No entanto, Paulo Victor teve números melhores em suas primeiras sete partidas como titular em 2019.
Contestado pela torcida, Paulo Victor começou sua temporada de titular com cinco jogos pelo Gauchão e dois pela Libertadores. Com ele em campo nos primeiros compromissos do ano, o Tricolor venceu quatro, empatou duas e perdeu uma partida, e levou três gols. A média foi de 0,42 gol sofrido por jogo.
O primeiro jogo de Vanderlei no Grêmio foi a derrota para o Caxias por 2 a 0, na Arena. O comentarista da Rádio Gaúcha naquela partida era Maurício Saraiva. Ele acredita que o segundo gol, marcado pelo lateral-direito Ivan, em cobrança de falta aos 19 minutos do segundo tempo, contou com uma falha do goleiro.
O chute veio à meia altura, forte, e fez uma curva para fora. O efeito surpreendeu Vanderlei, que pulou e até alcançaria a bola, mas não esticou os braços. Depois deste jogo, outras seis partidas proporcionaram mais ritmo de jogo para Vanderlei, acredita Saraiva.
— Podemos dizer que ele superou as falhas das primeiras partidas. Fez milagre sábado, na final contra o Caxias, e não teve culpa no gol grená. Vanderlei recupera a forma técnica jogo a jogo, mas não há como compará-lo ainda a Marcelo Grohe — avaliou o comentarista, citando o goleiro tricampeão da América que deixou o clube no final de 2018.
Vanderlei teve seus reflexos postos à prova e foi ágil para impedir ao menos outros dois gols do time da Serra. No Gre-Nal 423, o goleiro garantiu que Guerrero não empatasse a partida. Uma cabeçada do peruano parou na mão esquerda dele aos 49 minutos do segundo tempo.
O comentarista e colunista de GaúchaZH Diogo Olivier acredita que a boa defesa no clássico e as demais atuações do goleiro titular levam o atleta à sua afirmação na meta gremista.
— A evolução de Vanderlei indica confiança e bom nível. Só não tem o respaldo total, ainda, porque o torcedor sempre lembrará de Grohe. É como Jardel, nos anos 1990. A comparação do camisa 9 era sempre com ele. E desvantajosa, claro. No caso de Vanderlei, ainda necessita de mais alguns milagres para o torcedor deixar de desconfiar — opina Olivier.