Confesso, com todo o respeito, que esperava um Gre-Nal mais difícil. Refiro-me ao primeiro tempo, em que os dois estavam em igualdade de condições. Foi um banho de estratégia que o Grêmio de Renato aplicou no adversário.
Observem que foram dois gols anulados e outros dois perdidos cara a cara com o goleiro — chances de Alisson e Diego Souza. Na segunda etapa o Inter melhorou, com dez em campo. Dizem alguns especialistas que poderia ter vencido. Esquecem esses mesmos que, antes de tudo, Thiago Neves cabeceou uma bola na trave e o goleiro colorado fez uma grande defesa em chute de Alisson.
Soma-se então as oportunidades e o gol marcado, e chegamos a sete chances. Depois de tudo isso, mexido em seus brios, jogando em casa, o Inter teve suas oportunidades, todas tímidas, com exceção de uma delas. Inegavelmente, venceu o melhor.
O Grêmio tem dois jogadores diferenciados, que são Everton e Matheus Henrique. Foram superiores em quase todas as jogadas que participaram. Mas o verdadeiro diferencial foi o centroavante. Diego Souza cumpriu seu papel com louvor e justificou sua contratação, com três gols em três jogos.
Contra o Caxias, será mais difícil
A equipe agora precisa consolidar uma escalação e uma forma de jogar. No estádio, parecia que havia somente uma torcida, tal foi a festa de um lado e o silêncio sepulcral de outro. Contra o Caxias, será mais difícil. Afinal, já perdemos na Arena e vamos ao Centenário decidir a taça. Mas seguimos acreditando.