O centroavante dos sonhos do Grêmio para 2020 é Pedro, da Fiorentina, da Itália. Oriundo das categorias de base do Fluminense, o atleta de 22 anos está na Europa desde setembro do ano passado. O Tricolor já fez contatos com a equipe italiana para tentar a contratação do jogador por empréstimo, mas o clube deseja negociá-lo em definitivo em uma troca pelo zagueiro Kannemann — condição que, por enquanto, inviabiliza o negócio.
Com histórico de convocações para seleções de base, Pedro custou R$ 50 milhões aos cofres da Fiorentina. Ele tem contrato com a equipe de Florença até 2023. Ou seja, mesmo com Kannemann no negócio, as cifras abatidas fariam com que os gaúchos tivessem de desembolsar mais uma quantia.
O presidente Romildo Bolzan Júnior garante, no entanto, que não irá liberar o argentino, ainda que admita o desejo de trazer o atacante, que consta na lista dos pedidos de Renato Portaluppi. Nos bastidores, o Grêmio afirma que poderá dar “um grande tiro” nesta temporada. E este investimento será feito no ataque, especialmente porque o Tricolor pretende negociar André e Diego Tardelli.
Na Itália, Pedro teve dificuldade de adaptação, principalmente devido à posição em que era escalado pelo técnico Vincenzo Montella. Por isso, entrou em apenas quatro jogos, totalizando 59 minutos em campo e não marcou nenhum gol.
— Montella tentava usar o Pedro como segundo atacante ou meia atrás dos atacantes. Nunca como centroavante. Assim, ele acabava não correspondendo. Era o primeiro ano dele na Europa fazendo funções que nunca fez na vida. Como não deu resposta imediata, virou reserva do time reserva. Não dá para dizer que ele não sabe fazer essas funções, mas precisava ser mais testado — avalia o comentarista da plataforma DAZN Gustavo Fogaça, que transmite o Campeonato Italiano.
O Flamengo é o principal rival do Grêmio na negociação. Preocupado com a “novela” envolvendo Gabigol, que tem permanência incerta no Rio de Janeiro, o técnico Jorge Jesus já indicou nomes que podem substituir o artilheiro da Libertadores e do Brasileirão em 2020. E Pedro seria o “ficha 1” do português. Entretanto, mesmo que Gabigol fique no clube, o planejamento dos cariocas é criar opções de qualidade no elenco, como a chegada de Pedro Rocha, ex-Grêmio, como exemplo.
Pedro tem interesse de retornar ao Brasil para jogar mais e, quem sabe, integrar a seleção que disputará os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. O principal problema é que a Fiorentina quer recuperar parte do alto investimento feito para contratar o atleta. Mas, caso venha a reforçar o Grêmio em 2020, tem tudo para ser o “fazedor de gols” que Renato busca há tanto tempo.
— Acho que ele cairia como uma luva no time do Grêmio. Ganharia confiança com Jean Pyerre, Maicon e Everton abastecendo ele, e poderia buscar espaço novamente na Seleção Brasileira — acrescenta Fogaça.
Enquanto negocia com os italianos, o Grêmio está muito perto de oficializar um negócio envolvendo um clube espanhol. O empréstimo do lateral-esquerdo Caio Henrique, que atuou no Fluminense em 2019, mas pertence ao Atlético de Madrid, pode ser anunciado hoje.