Uma das frases prontas do futebol diz que o "se" não existe. Mas, digamos que ele existisse e, a partir disso, abrimos um precedente para imaginar uma realidade paralela. Em uma delas, GaúchaZH resolveu projetar o que aconteceria se a barreira do Grêmio não abrisse contra o Real Madrid, na final do Mundial de Clubes de 2017, impedindo o gol de Cristiano Ronaldo.
No mundo real, o gol da equipe espanhola foi marcado aos sete minutos do segundo tempo. Digamos que a bola tivesse explodido no corpo de Lucas Barrios e saísse da área. O Tricolor teria mais de meia hora para sobreviver ao bombardeio madrilenho que se seguiria. Não é difícil de imaginá-lo, já que, mesmo à frente do placar, os comandados de Zidane seguiram pressionando o Grêmio, tendo um gol de Cristiano Ronaldo anulado por impedimento de Benzema, uma bola na trave chutada por Modric e uma defesa de Grohe, com a ponta dos dedos, em chute de Bale de fora da área. Depois disso, seria preciso aguentar ainda a prorrogação. Mas já que a proposta é exercitar o "se", um Grêmio aguerrido levaria a disputa do título para os pênaltis.
Novamente, a imaginação precisa ser fértil. Segundo o site alemão Transfermarkt, o Real teve 21 penalidades em seu favor ao longo de 2017, pelo Campeonato Espanhol, errando apenas duas cobranças — Cristiano Ronaldo contra o Málaga e Sergio Ramos contra o Sevilla. Ainda assim, o aproveitamento de ambos é muito positivo. Enquanto o atacante converteu oito pênaltis no ano, o zagueiro converteu três. O Grêmio, por sua vez, naquela mesma temporada, foi eliminado na marca da cal, do Gauchão, pelo Novo Hamburgo, e da Copa do Brasil pelo Cruzeiro. Além disso, de 10 pênaltis assinalados no Brasileirão e Libertadores, perdeu quatro cobranças — Luan (contra Zamora e Corinthians), Marcelo Oliveira contra o Botafogo e Edilson contra o Avaí. Portanto, se dependesse do retrospecto recente, a taça também ficaria com o time europeu.
Para projetar um final feliz seria necessário se agarrar aos números de Marcelo Grohe. Pegador de pênaltis, o goleiro se destacou inclusive nas eliminações daquele ano, defendendo as cobranças de Robinho e Murilo, do Cruzeiro, e de Assis, do Novo Hamburgo. O cenário ideal aconteceria dois meses depois, na decisão da Recopa Sul-Americana, quando todos os atletas gremistas converteram suas penalidades e Grohe defendeu a última, batida pelo atacante Benítez, do Independiente. Portanto, não faria mal se o camisa 1 quisesse brilhar em Abu Dhabi.
Por que fizemos esta matéria?
Entrando no clima da virada para 2020, GaúchaZH resolveu brincar com o improvável. Sempre admitindo que o "se" não existe no futebol, ou na vida, exercitamos a imaginação para relembrar momentos históricos do futebol neste século. São 10 episódios, logicamente não verdadeiros, que retratam os fatos com um desfecho diferente. A lista envolve principalmente a dupla Gre-Nal.
Quais os cuidados que tomamos para sermos justos?
No tratamento a Grêmio e Inter, tomamos o cuidado para sermos igualitários. São oito acontecimentos ocorridos desde o ano 2000 com os dois clubes, divididos em dois grupos, quatro relembrando momentos dos colorados e quatro dos gremistas. As abordagens sempre buscam referências em fatores que realmente poderiam ter mudado a realidade.