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Uma das frases prontas do futebol diz que o "se" não existe. Mas, digamos que ele existisse e, a partir disso, abrimos um precedente para imaginar uma realidade paralela. Em uma delas, GaúchaZH resolveu projetar como seria se Galatto não tivesse defendido o pênalti no jogo que ficou conhecido como a Batalha dos Aflitos, em 2005. O que teria sido do Grêmio?
O gol de Anderson contra o Náutico, nos acréscimos da partida, tornou aquela jornada em Recife ainda mais inesquecível. Porém, para voltar à elite do futebol nacional, o Tricolor não precisava vencer. Um simples empate bastaria para que o time gaúcho terminasse o quadrangular final da Série B em segundo lugar, atrás do Santa Cruz. Portanto, nada foi mais importante do que a defesa protagonizada pelo goleiro gremista, no pênalti cobrado por Ademar, depois de muita confusão. Faltavam pouco mais de 10 minutos para o apito final e o Grêmio tinha quatro atletas a menos. Ou seja, se os pernambucanos tivessem feito 1 a 0, uma derrota era praticamente irreversível.
Derrotado, o Tricolor teria de jogar a Série B por mais um ano, em 2006. A grave crise financeira que já acossava o clube teria se agravado ainda mais. É difícil imaginar, por exemplo, que o técnico Mano Menezes tivesse continuado no cargo. Dando sequência às apostas regionais, Leandro Machado, que levou o 15 de Novembro à decisão do Gauchão de 2005, poderia ter sido o escolhido. No elenco, a venda do meia Anderson já estava sacramentada e, para equilibrar as finanças, outro poderia sair a seguir — o volante Lucas Leiva, por exemplo. Além disso, seria difícil seduzir jogadores como Sandro Goiano, Tcheco e Hugo que, de fato, desembarcaram no Olímpico em 2006. Enfim, além de atletas desconhecidos, o Grêmio poderia antecipar o surgimento de atletas da base, como o zagueiro Léo, o volante Willian Magrão e o atacante Carlos Eduardo.
O grande problema é que, em 2006, a Série B passou a ser disputada por pontos corridos. Ou seja, o Tricolor teria a missão de acabar entre os quatro primeiros colocados. A dificuldade foi tamanha que, dos rebaixados do ano anterior, apenas o Atlético-MG, treinado por Levir Culpi, conseguiu o acesso. Paysandu, Coritiba e Brasiliense não tiveram o mesmo sucesso. Neste caso, caberia ao Grêmio superar Sport, Náutico e América-RN para conquistar uma das três vagas e retornar à primeira divisão em 2007.
Para todos efeitos, é melhor não arriscar. Já que o Grêmio exerceu sua imortalidade na Batalha dos Aflitos, em 2005, quem arrisca dizer que, mesmo depois de sofrer o gol de pênalti do Náutico, Anderson não deixaria tudo igual nos acréscimos? Para quem não lembra, um empate bastava para recolocar o time na Série A. Deixemos assim, então.
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Por que fizemos esta matéria?
Entrando no clima da virada para 2020, GaúchaZH resolveu brincar com o improvável. Sempre admitindo que o "se" não existe no futebol, ou na vida, exercitamos a imaginação para relembrar momentos históricos do futebol neste século. São 10 episódios, logicamente não verdadeiros, que retratam os fatos com um desfecho diferente. A lista envolve principalmente a dupla Gre-Nal.
Quais os cuidados que tomamos para sermos justos?
No tratamento a Grêmio e Inter, tomamos o cuidado para sermos igualitários. São oito acontecimentos ocorridos desde o ano 2000 com os dois clubes, divididos em dois grupos, quatro relembrando momentos dos colorados e quatro dos gremistas. As abordagens sempre buscam referências em fatores que realmente poderiam ter mudado a realidade.