Não adiantou poupar titulares no Paraguai e nem fazer concentração antecipada: o Grêmio está fora do Gauchão. O time de Renato empatou em 1 a 1 no tempo normal e foi eliminado ontem nos pênaltis pelo Novo Hamburgo no Estádio do Vale por 7 a 6. Agora, o foco se volta para a Libertadores: na quinta-feira, o adversário será novamente o Guaraní, mas o jogo ocorrerá na Arena.
Após o 1 a 1 em casa, o Grêmio entrou em campo precisando fazer gols para ir à final do Gauchão. Antes mesmo de pisarem no gramado para o aquecimento, os jogadores já sabiam que, se obtivessem a classificação, teriam o Inter como adversário pelo título.
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O Novo Hamburgo, que contava com o apoio de uma torcida barulhenta no Estádio do Vale, marcava o Grêmio com extrema dedicação. A equipe de Beto Campos, que teve Renan como substituto de Jardel no meio-campo, fechava espaços com competência.
Tanto que o Grêmio, que mostrava o mesmo ritmo moroso do jogo de ida na Arena, só conseguia chegar ao ataque pelos lados ou em lances de bola parada. A primeira investida do time de Renato ocorreu aos 18 minutos, quando Geromel buscou a ligação direta ao ataque e achou Pedro Rocha. O atacante, que completava 100 jogos com a camisa do Grêmio, chegou a proteger a bola, mas furou no arremate.
Aos 27, uma chance perigosa: Bolaños cobrou escanteio e Geromel subiu alto, cabeceando para fora.
Aos 34, a melhor oportunidade do Grêmio no primeiro tempo. Em cobrança de falta da intermediária, Edílson pegou bem na bola e mandou um chute forte, que passou ao lado da trave do goleiro Matheus. Aos 38, Bolaños foi lançado por Pedro Rocha na ponta esquerda e tentou cruzar para Luan na área. Mas o goleiro Matheus, atento, saiu do gol para fazer boa defesa.
Imediatamente, o Novo Hamburgo puxou contra-ataque rápido com Branquinho, que disparou em velocidade para servir João Paulo, o camisa 9 do Nóia, que estava livre na área e pegou muito embaixo da bola na hora da conclusão, mandando por cima do gol.
Antes do intervalo, o Grêmio ainda teria duas chances com Bolaños. Aos 41, ele concluiu alto demais. E, aos 48, foi a vez de o equatoriano cruzar para Luan, que finalizou sobre a marcação. No rebote, nenhum gremista apareceu para o arremate.
No segundo tempo, o Novo Hamburgo seguiu intenso. E arriscou mais. No primeiro minuto, Amaral lançou Branquinho dentro da área. Após dividida do atacante com Marcelo Oliveira, o time do Vale pediu pênalti, mas o árbitro Jean Pierre Lima mandou o jogo seguir.
Aos cinco minutos, outra chegada do Nóia. Após boa falta cobrada por Assis, Léo teve liberdade na área para cabecear. Mas a bola saiu por cima do gol de Marcelo Grohe.
Com dores musculares, Edílson teve de ser substituído por Barrios. E, aos 10 minutos, o centroavante criou boa chance, fazendo o pivô para Luan, que recebeu dentro da área e mandou um chute torto, por cima.
A entrada de Barrios deu mais volume ofensivo ao Grêmio. E logo ele comprovou sua fama de fazedor de gols. Aos 19, Pedro Rocha ganhou a bola na entrada da área e serviu o centroavante, que concluiu rasteiro, com força, no canto de Matheus, para abrir o placar.
Depois do gol, o Novo Hamburgo reagiu. Aos 24, João Paulo serviu Lucas Santos, que finalizou com perigo, próximo da meta de Grohe. E, aos 28, veio o empate: após escanteio cobrado por Preto, o zagueiro Júlio Santos subiu alto para cabecear para as redes: 1 a 1.
Na comemoração do gol, um torcedor do Novo Hamburgo caiu do alambrado do setor social do Estádio do Vale. Por conta dos ferimentos pelo choque no gramado, uma âmbulância prontamente ingressou no gramado para atender o ocorrido.
Passado o susto, o Grêmio pressionou nos minutos finais. Aos 43, Luan cobrou falta na barreira e, na sobra, Barrios concluiu no cantinho, para grande defesa de Matheus. Num segundo rebote, Pedro Rocha foi travado por Júlio Santos. Aos 49, após falta cobrada por Luan, Geromel desviou de cabeça, ao lado do gol do Nóia.
*ZHESPORTES