Após deixar o Grêmio praticamente como persona non grata na Arena, o zagueiro Bressan reencontrou a felicidade nos Estados Unidos. Titular e destaque do FC Dallas, o gaúcho de Caxias do Sul vem sendo utilizado muitas vezes como lateral-direito pelo técnico Luchi González. Na partida contra o FC Toronto, por exemplo, pela Major League Soccer (MLS), o jogador de 26 anos marcou um dos gols na vitória por 3 a 0.
— O Bressan adaptou-se muito rapidamente aqui nos Estados Unidos. O nosso time é muito jovem, então ele acaba sendo um dos mais experientes. No jogo contra o Toronto, ele jogou como lateral-direito improvisado, fez gol e foi eleito o melhor em campo. Quando precisou atuar nesta função, foi muito bem. Ele está feliz, adaptou-se facilmente e aprendeu o inglês muito rápido. Ele inclusive tem planos de ficar aqui no país — revela o diretor-esportivo do FC Dallas, André Zanotta, que dirigiu o futebol do Grêmio na conquista da Libertadores 2017.
O clube do Texas chegou até às quartas de final da Conferência Oeste da liga norte-americana, sendo eliminado na prorrogação para o Seattle Sounders, que está classificado para a final da MLS justamente contra o FC Toronto, clube que participa do campeonato norte-americano mesmo sendo do Canadá.
Revelado pelo Juventude e contratado pelo Grêmio em 2013, Bressan viveu um inferno astral na Arena após cometer um pênalti e ser expulso na semifinal da Libertadores 2018, que custou a eliminação para o River Plate. Sem clima para ficar no Grêmio, o defensor transferiu-se para o FC Dallas, contratado por Zanotta.
— O Bressan tem um caráter espetacular. Tenho muita admiração por ele. Vejo agora que o Paulo Victor, que foi um dos principais responsáveis pelo título do Grêmio no Gauchão, já está sendo muito criticado. Sou testemunha da partida espetacular que o Bressan fez na final em Lanús (jogo do título da Copa Libertadores 2017). No ônibus, na chegada a Porto Alegre, a torcida toda gritou o nome dele. A torcida ama em um dia e odeia em um outro. Mas isso faz parte da cultura do futebol brasileiro — completa Zanotta.
