De contrato renovado com o Grêmio, até dezembro de 2022, o goleiro Phelipe Megiolaro foi atração nesta sexta-feira (8), no CT Luiz Carvalho. Foi ele quem encarou as câmeras e microfones para falar sobre sua permanência no clube, onde chegou em janeiro de 2013, aos 14 anos de idade.
— Muito feliz de ter renovado aqui no Grêmio. É minha escola, foi onde tudo começou. Saí de casa com 13 anos e vim para cá. Estou muito orgulhoso, um clube de tanta grandeza —disse ele ao comentar a renovação de seu vínculo.
Pelo novo contrato, se um clube do exterior desejar contar com a promessa gremista, o valor a ser pago como multa é de 50 milhões de euros. Com convocações para as seleções brasileiras de base, Phelipe se prepara para defender o time olímpico do Brasil, que disputará o Torneio de Tenerife. A estreia será contra os Estados Unidos, no dia 14. Argentina e Chile são outros dois participantes.
— Fico muito contente de ser reconhecido por uma pessoa que ganhou tudo pela nossa Seleção, um goleiro conhecido e bem sucedido. É gratificante, acompanhei uma matéria que ele falou de mim e fico muito feliz. É sinal que estou no caminho certo —contou Megiolaro, sobre os elogios de Taffarel, treinador de goleiros da seleção principal e campeão do mundo em 1994.
Aliás, a própria Seleção de Tite não é mais novidade para o jovem paulista nascido em Campinas. Durante a preparação para a última Copa América, por exemplo, ele participou da fase de treinamentos e até ficou no banco de reservas no amistoso contra o Catar, já que Alisson e Cássio ainda estavam com Liverpool e Corinthians, em jogos da Liga dos Campeões e Brasileirão.
Nos últimos dias, com a insegurança de Paulo Victor e a lesão de Julio César, a titularidade de Megiolaro chegou a ser pedida por parte dos torcedores gremistas.
— A posição é muito difícil, não pode errar. É uma bola que o time adversário está no jogo e chega, é uma vez e a gente toma. Não tem o que falar do Paulo e do Julio. São dois grandes goleiros, experientes, estou aprendendo muito com eles — garantiu.
Os dois experientes companheiros de Grêmio são apontados como uma espécie de espelho por Phelipe Megiolaro.
— Toda criança quando começa a jogar tem os jogadores que começa a se espelhar. Mas no primeiro ano aqui no profissional, com dois profissionais destes, meus espelhos são Paulo Victor e Julio César. Temos que aproveitar as oportunidades, e estou sugando os dois, digamos assim. Eles passam aquela calma no jogo. O jogador não pode olhar para trás e ver o goleiro nervoso. Experiência, posicionamento, a idade. A gente costuma dizer que não jogam, cortam caminho. É essa experiência que no futebol faz diferença para o jogador, principalmente para o goleiro — elogiou o goleiro que fez sua estreia no time profissional, na derrota para o Fortaleza, no último dia 19 de outubro.
