Quando passou por Porto Alegre, Maxi López deixou o seu nome escrito na história da rivalidade Gre-Nal ao marcar o gol da vitória do Grêmio no dia em que o clássico completou 100 anos — e foi o algoz de um Inter que começava a viver sua idolatria por D'Alessandro.
Mas, se em 2009 os argentinos foram adversários, no início do século dividiam o vestiário. Revelados no Monumental de Núñez, ambos foram recepcionados no time principal do River Plate por Eduardo Coudet, que era então um dos jogadores mais experientes da equipe.
Em contato com GaúchaZH, o centroavante de 35 anos, que hoje atua no Crotone, na segunda divisão italiana, recordou o período que jogou ao lado de "Chaco", comentou o interesse colorado pelo atual técnico do Racing e, é claro, opinou sobre o Superclássico pela semifinal da Libertadores.
Como era a relação de Coudet com o elenco do River?
Ele era um cara muito feliz. Sempre estava brincando com todos os jogadores do time. Tratava bem os jogadores mais jovens também. Quando joguei com ele, eu estava começando minha carreira. Era um cara que mostrava qualidade dentro e fora de campo. Gente fina.
Quais jogadores do River eram mais amigos dele?
Nosso grupo tinha uma boa amizade com ele. Tinha Ariel Garcé, Fernando Cavenaghi, Andrés D'Alessandro, Mascherano, Lucho González. A gente estava o tempo todo junto. Como eu te disse, ele tinha uma boa resenha com os moleques.
Você imaginava que ele se tornaria treinador?
Sim, imaginava. Porque ele estudava muito, falava bastante com os treinadores, queria saber de tática. Tinha personalidade para ser treinador. E começou muito bem no Rosario Central. Depois, foi bem com o Racing também. É um cara de uma personalidade muito forte, mas um treinador que faz seus times jogarem bem.
Se ele for para o Inter, você acha que pode dar certo como treinador?
Acho que ele vai conseguir dar certo, porque é muito amigo do Andrés (D’Alessandro). E, se aprender a falar português logo, pode fazer boas coisas, porque o time do Inter é forte.
E sobre o Superclássico entre Boca e River. Quem você acha que passa?
Eu quero que passe o River, obviamente. Mas é um jogo difícil. River e Boca é sempre um jogo à parte. Nas últimas vezes em que o time de Gallardo chegou nesta fase da Libertadores, não deixou escapar. Então, para mim, o River tem mais time. Mas agora tem que definir na Bombonera, e lá é sempre muito difícil.