O São Luiz demorou para engrenar no Gauchão deste ano. A primeira vitória só veio na quinta rodada. Antes, estreou com derrota para os reservas do Inter, em casa, e chegou a ser goleado pelo Grêmio, por 4 a 0, na Arena. Depois disso, reagiu e acabou chegando em 4º lugar na fase classificatória. É neste crescimento nas fases finais da equipe do técnico Paulo Henrique Marques que a comunidade de Ijuí aposta para encarar o Tricolor nas semifinais.
— É um time bem treinado e o que se vê em campo é a repetição de muitas jogadas trabalhadas desde novembro. Surpreendeu em Pelotas (fez 4 a 1 no Brasil-Pel), ganhou fora do Juventude e só perdeu em casa um jogo, para o Inter, na estreia — atesta Luiz Henrique Berger, que acompanha a equipe pela Rádio Repórter, de Ijuí.
O técnico Paulo Henrique Marques está à frente do time desde 2017, quando conquistou a Divisão de Acesso. O modelo de jogo é igual desde então. Formatado no 4-2-3-1, o time de Ijuí tem um meio-campo marcador e usa os lados do campo para atacar. Isso não quer dizer que atue retrancado. Muitas vezes, propõe o jogo contra seus adversários.
— Talvez possa mudar um pouco, porque jogar de igual para igual com o Grêmio é mais complicado. Mas vamos tentar atacar, não vamos só defender, porque sem marcar gol ninguém ganha — avalia o atacante Janderson.
Para os compromissos diante do Tricolor, o time do noroeste do Estado sofreu uma baixa importante: o experiente centroavante Marcão, ex-Athletico-PR e Figueirense. Artilheiro do Gauchão com seis gols, ele sofreu lesão muscular na partida contra o São José. Seu substituto deve ser Tauã, atacante de mais mobilidade. Apenas mais um desafio para o treinador que, no decorrer do campeonato, encontrou soluções para a defesa. Achou em João Marcus o substituto para o zagueiro Ricardo Talheinmer, que foi para o Avaí. Além disso, barrou o experiente goleiro Carlão, que falhou nos jogos contra a dupla Gre-Nal, para transformar Paulo Gianezinni no novo titular.
— Os objetivos já foram alcançados: garantir vaga no Gauchão de 2020, chegar entre os oito primeiros e trazer o segundo jogo das quartas de final para casa, vaga na Série D do ano que vem e, quem sabe, Copa do Brasil. A partir de agora, sabedor de suas limitações, vai jogar até menos pressionado — avalia Berger.